quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vitamina C, cama e gol

Capa do Jornal Placar de 27/nov/2008.

No jogo de ontem, 17/jun/2009, no Pacaembu.



Placar: Corinthians 8 x 0 Placar. O jogo: Todo Poderoso 2 x 0 Internacional. Sim, o "gordo" marcou, gripado e tudo - arrancou, deu drible seco e tocou de esquerda no canto direito do Saci.

Obs: A Placar removeu de seu site todo o material referente ao episódio.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

PM na USP 2009 (3)

"O cravo saiu ferido,
E a rosa despedaçada." - cantiga popular

Entrevista: Jéssica Monteiro, estudante de Pedagogia, FEUSP
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/wp-content/uploads/2009/06/jessica_monteiro_usp_211.mp3

Entrevista: Octaviano Helene, presidente da Adusp
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/wp-content/uploads/2009/06/1otaviano-adusp1.mp3

Entrevista: Magno de Carvalho, do Sintusp
http://www.paulohenriqueamorim.com.br/wp-content/uploads/2009/06/magnocarvalho.mp3

PM na USP 2009 (2)

"O horror, o horror" - Joseph Conrad (1857-1924), escrito polonês, em "Coração das Trevas" (1902).

PM no Campus da USP - 2009
http://www.youtube.com/watch?v=deUf8An9Q1o

PM na USP 2009
http://www.youtube.com/watch?v=xwL-b6LUOb4

PM invade Campus da Cidade Universitária e agride estudantes
http://www.youtube.com/watch?v=YNAzxgGtGpA

Pms invadem a USP e jogam bombas em confronto com estudantes 2/2
http://www.youtube.com/watch?v=ml9YQvqh47U

Upideite (11/jun/2009): Fernando Gouveia/Gravatai Merengue, do blogue Imprensa Marrom, referenciou o vídeo abaixo e acrescentou um comentário de ironia: "Nas imagens abaixo, vemos estudantes munidos de flores e cantando músicas de paz junto a policiais."

Acho que ele não observou um dos estudantes segurando uma flor.
É o mesmo que mantém a turba a uma distância dos PMs.

PM na USP

"A primeira vítima da guerra é a verdade" - Hiram Johnson (1866-1945), senador americano

09.06.09, USP: sem palavras
http://myriamks.blogspot.com/2009/06/090609-usp-sem-palavras.html

Debelado foco guerrilheiro na USP
http://hariprado.wordpress.com/2009/06/09/debelado-foco-guerrilheiro-na-usp/
(como pode ter um ou outro desavisado, o texto é irônico)

Relato do Prof. Pablo Ortellado, da USP
http://www.idelberavelar.com/archives/2009/06/relato_do_prof_pablo_ortellado_da_usp.php

Atualização com depoimento do leitor Thiago
http://www.idelberavelar.com/archives/2009/06/urgente_policia_de_jose_serra_espancando_e_bombardeando_estudantes_na_usp.php

Das coisas que não vi (Pra não dizer que não falei das flores.)

Engraçado (trágico, em verdade) como conseguimos ficar alienados das coisas à nossa volta. Ali dentro da USP (câmpus de Butantã), pau comendo solto - bombas de gás, cassetetes, tropa de choque... - e a gente no laboratório mal sabendo o que acontece.

Eu sabia que haveria manifestação - e com a PM no câmpus as chances de dar zica eram enormes -, mas, ali, do meio para o fundo da Cidade Universitária mal dava para saber o que acontecia. No máximo, ouvir o zumzum dos helicópteros sobrevoando toda a universidade. Termina o "expediente", entra no sítio da Folha e vê que há coisa de quinze minutos começava a pancadaria em cima dos manifestantes.

Há coisas com que não concordo na pauta da reivindicação da greve. A principal é a oposição à Univesp e à educação a distância de modo geral. Aqui remeto ao texto de Dimenstein na Folha. A outra, e confesso que não estou inteirado muito bem, apenas na base do ouvir falar, é a reintegração de um funcionário (diretor do sindicato) demitido por agredir um professor. Se houve mesmo agressão física, é rua mesmo.

Mas falando em agressão... A reitoria e a PM dizem que começou com os grevistas, que teriam jogado pedra na PM. Se assim foi, é um ato lamentável e deve ser punido. Mas a versão dos grevistas foi que as ações de violência começaram com a PM. Aí... a coisa pega.

Até a PM estar ali, para cumprir mandado de reintegração, ao contrário da opinião de muitos da USP, acho que faz parte. Pode não ser desejável, mas é um instrumento dentro da legalidade e é, sim, do jogo democrático. E digamos que os manifestantes tenham mesmo começado jogando pedras, a PM reprimir *esse* ato também faz parte do jogo. Mas ao que tudo indica - ainda falo de orelhada - a ação da PM foi muito além de reprimir umas pedras atiradas.

Não foram - pelo menos isso - balas de chumbo, mas atiraram balas de borracha e todo o arsenal de dispersão de aglomeração. Não irei reproduzir aqui as fotos lamentáveis da violência policial.

Outra coisa chata foi ouvir de alguns alunos de EaD da UFSCar que o pessoal merecia mesmo apanhar.

Tenho um amigo PM, tenho amigos na USP, tenho amigos da educação à distância. Fico um tanto quanto desesperado quando ouço uma parte ou outra com um discurso que desumaniza o outro. Como resgatar não apenas a racionalidade, mas a noção da decência humana - do valor da vida humana - nesses momentos de tensão? Será que tem que morrer alguém para enxergarmos as loucuras do discurso do ódio? É a "eloquência do ódio", nas palavras de Manuel Bulcão?

Fico com a imagem de Léo Pinheiro da Futura Press. É manjada (como a citação da música de Vandré). Mas encerra algo do espírito que deveríamos cultivar.

terça-feira, 9 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

É uma cilada, Bino

"Torcedores vascaínos sofreram emboscada de corintianos, diz promotor
Segundo Paulo Castilho, policiais que faziam escolta eram ‘suficientes’. Promotor vai recomendar a partir de agora jogos com torcida única."

Agora, a outra versão dos fatos:

O papel de cada um
"O que aconteceu foi que a Rocam parou o ônibus dos torcedores do Corinthians para uma revista. E parou quatro carros de corinthianos que estavam junto. O ônibus dos torcedores corinthianos não tinha nenhuma escolta policial porque, segundo a promotoria, eles não são torcedores organizados com CNPJ. Mas são. Torcedores dos Gaviões da Fiel que se reúnem longe da sede. Só que em um Estado de Direito, onde existe uma constituição que alega que é dever desse Estado zelar pela segurança de seus cidadãos, qualquer pessoa física deveria ter garantida a sua integridade física. Não precisaria pertencer a nenhuma associação, agremiação, clube, empresa, fundação, OSCIP, ONG para conseguir chegar viva ao estádio de futebol. A qualquer lugar.

Com a proteção policial negada e sob ameaça de bater e apanhar, provavelmente a mesma que o promotor havia recebido na manhã de quarta, esse grupo de corinthianos resolveu fazer a própria segurança. Gentileza gera gentileza, estupidez gera estupidez.

Ao ver a Rocam parada em frente ao Clube Esperia, dando uma batida policial no grupo de corinthianos, outros 20 policiais da Rocam que trabalhavam na escolta da torcida do Vasco e que não foram avisados que por aquele caminho fatalmente as torcidas se encontrariam, resolveram parar os ônibus do Vasco a fim de evitar esse confronto. Mas pararam muito perto. Aos poucos, eles foram descendo, 800 deles.

Incontroláveis como toda massa enfurecida por uma rivalidade bestial, porém histórica, os vascaínos partiram para cima dos corinthianos. Carregando barras de ferro, armas, paus, rojões e outros objetos que serviram de arma e que não foram tomados pelos policiais da escolta em uma revista que não aconteceu. E massacraram os corinthianos. E mataram um deles atirando o corpo em uma praça que foi palco da comemoração do Campeonato Paulista de 2009, no mesmo dia que o William pegou fogo."

Paz Celestial - 20 anos



Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!

Como já pera sempre te apartaste
De tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?

Nem falar-te somente a dura Morte
Me deixou, que tão cedo o negro manto
em teus olhos, deitado consentiste!

Oh! Mar! oh Céu! oh minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
Que inda tenha por pouco viver tanto?

Luís de Camões (1524-1580)