Quantas xanas você conhece?
1) partes pudendas das mulheres
a) chana; b) channa; c) xana; d) shanna; e) shana; f) xanna
2) planície, baixada
a) chana; b) channa; c) xana; d) shanna; e) shana; f) xanna
3) ... Motors, montadora chinesa de automóveis
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
4) ... Masson, goleira da seleção brasileira feminina de handebol no Pan 2007 e nas Olimpíadas 2008
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
5) personagem da Marvel Comics, esposa de Ka-Zar
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
6) pessoa embrigada; bêbado
a) chana; b) channa; c) xana; d) shanna; e) shana; f) xanna
7) ... Moakler, miss EUA de 1995, Playmate do mês em 12/2001; modelo-atriz-cantora
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana Moakler; f) Xanna
8) ... Petrone, cantora country americana, intérprete de "Heaven Bound" e "This time"
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
9) ... Crooks, cantora de pop/rock americana, gravou "Love & Misery" e "I'll be Your Scape"
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
10) ... masala; ensopado paquistanês e do norte da Índia à base de grão-de-bico
a) chana; b) channa; c) xana; d) shanna; e) shana; f) xanna
11) O ... do Bernardino, restaurante português de cozinha regional localizado em Redondo
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
12) Gênero do peixe de respiração aérea conhecido como "snakehead"
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
13) Personagem mitológico das Astúrias e de Leão (Espanha), parecida com uma fada
a) chana; b) channa; c) xana; d) shanna; e) shana; f) xanna
14) Gênero fóssil de braquiópodo devoniano
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
15) Servo fiel ao príncipe Siddharta e seu condutor de carruagem
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
16) Certa linguagem de programação
a) CHANA; b) CHANNA; c) XANA; d) SHANNA; e) SHANA; f) XANNA
17) Programa de computador, vilão no desenho animado Code Lyoko
a) CHANA; b) CHANNA; c) XANA; d) SHANNA; e) SHANA; f) XANNA
18) Cidade paquistanesa, 33°12'N/70°13E
a) Chana; b) Channa; c) Xana; d) Shanna; e) Shana; f) Xanna
Respostas:
1-a; 2-a; 3-a; 4-a; 5-d; 6-a; 7-d; 8-e; 9-d; 10-a; 11-a; 12-b; 13-c; 14-c; 15-b; 16-c; 17-c; 18-e
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Saída de Nassif da Folha v. 2.1/5.0
Provavelmente acabarei bancando o inocente útil para algum lado (se não todos) ao me meter nesse briga de cachorro grande.
A história do imbróglio pode, creio, ser resumida assim:
- Nassif publica artigo em sua coluna na Folha, na qual critica Mainardi por abrir off de um deputado a respeito do Mensalão.
- Mainardi publica coluna na Veja criticando Nassif e acusando-o de reproduzir sem mencionar autoria texto de outra pessoa (Luís Roberto de Marco).
- Nassif sai da Folha. Publica em seu blog uma série de textos críticos (muito críticos) a respeito das ações da Veja e alguns jornalistas.
- Reinaldo Azevedo publica em seu blog na Veja, sem mencionar nomes, que Nassif foi demitido da Folha por aceitar dinheiro (suborno) de empreiteiras. (v. 1.0)
- Otavio Frias Filho em entrevista ao portal Imprensa diz que a saída de Nassif foi em função da reformulação periódica do jornal e que desconhece fatos desabonadores sobre a vida profissional do jornalista. (v. 2.0)
- Leonardo Attuch publica artigo no Comunique-se dizendo que Nassif foi demitido da Folha por causa da coluna de Marnardi sobre Nassif ter usado texto de outra pessoa. (v. 3.0)
- Mainardi publica coluna na Veja dizendo que Nassif foi demitido da Folha por usar a coluna no jornal para tentar achacar o governo de Alckmin. Escreve ainda que, em conversa com o diretor da Folha, Otavio Frias Filho, este havia confirmado. (v. 4.0)
À época que essa coluna de Mainardi saiu, ocorreu o falecimento da esposa de Otavio Frias Filho (pouco depois da morte do pai dele), tendo eu enviado um email ao ombudsman do jornal, o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, este retornou dizendo que também tentara contatar Frias para comentar a acusação, mas que ele estava afastado e incomunicável. Recentemente, tornei a contatar o ombudsman sobre o tema. Ele repassou a pergunta para a direção do jornal e obtive a resposta abaixo:
"Não confirmo o que afirmou Diogo Mainardi na passagem em questão. Limitei-me a dizer a esse colunista, que me dirigiu na época perguntas a respeito, que a substituição da coluna de Luís Nassif na Folha deveu-se a vários motivos. Um desses motivos, assinalei, eram indícios de que o colunista não estava sendo suficientemente cuidadoso ao separar sua atividade como colunista de sua atividade à frente da agência Dinheiro Vivo." (v. 2.1 ou v. 5.0, já que tem diferenças importantes em relação à v. 2.0)
Bem, cada qual poderá interpretar a reposta de Otavio Frias Filho do modo que lhe for mais conveniente. A minha interpretação é, somada à resposta primeira de Frias ao portal Imprensa, que a direção da Folha perdeu a confiança em Nassif, mas não que tenha visto alguma irregularidade criminal (v. 6.0?). (Claro, se eu fosse jornalista insistiria em esclarecer o que significa exatamente "não ser suficientemente cuidadoso". De minha parte, porém, dou-me por satisfeito: até prova em contrário, não houve nada demais.)
Upidêite: 23 de outubro de 2008. Nassif solicitou cópia do email com a resposta de Frias Filho. Atendi e enviei com "CC" à Folha para maior transparência. Minha torcida, claro, é para que tudo se esclareça a contento.
Upidêite 2: 03 de dezembro de 2008.
Luis Nassif comenta (25/11) mais sobre a questão.
Reinaldo Azevedo comenta (25/11) mais sobre a questão.
Eu (03/12) publico a íntegra do teor dos emails que troquei com o ombudsman da Folha.
A história do imbróglio pode, creio, ser resumida assim:
- Nassif publica artigo em sua coluna na Folha, na qual critica Mainardi por abrir off de um deputado a respeito do Mensalão.
- Mainardi publica coluna na Veja criticando Nassif e acusando-o de reproduzir sem mencionar autoria texto de outra pessoa (Luís Roberto de Marco).
- Nassif sai da Folha. Publica em seu blog uma série de textos críticos (muito críticos) a respeito das ações da Veja e alguns jornalistas.
- Reinaldo Azevedo publica em seu blog na Veja, sem mencionar nomes, que Nassif foi demitido da Folha por aceitar dinheiro (suborno) de empreiteiras. (v. 1.0)
- Otavio Frias Filho em entrevista ao portal Imprensa diz que a saída de Nassif foi em função da reformulação periódica do jornal e que desconhece fatos desabonadores sobre a vida profissional do jornalista. (v. 2.0)
- Leonardo Attuch publica artigo no Comunique-se dizendo que Nassif foi demitido da Folha por causa da coluna de Marnardi sobre Nassif ter usado texto de outra pessoa. (v. 3.0)
- Mainardi publica coluna na Veja dizendo que Nassif foi demitido da Folha por usar a coluna no jornal para tentar achacar o governo de Alckmin. Escreve ainda que, em conversa com o diretor da Folha, Otavio Frias Filho, este havia confirmado. (v. 4.0)
À época que essa coluna de Mainardi saiu, ocorreu o falecimento da esposa de Otavio Frias Filho (pouco depois da morte do pai dele), tendo eu enviado um email ao ombudsman do jornal, o jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, este retornou dizendo que também tentara contatar Frias para comentar a acusação, mas que ele estava afastado e incomunicável. Recentemente, tornei a contatar o ombudsman sobre o tema. Ele repassou a pergunta para a direção do jornal e obtive a resposta abaixo:
"Não confirmo o que afirmou Diogo Mainardi na passagem em questão. Limitei-me a dizer a esse colunista, que me dirigiu na época perguntas a respeito, que a substituição da coluna de Luís Nassif na Folha deveu-se a vários motivos. Um desses motivos, assinalei, eram indícios de que o colunista não estava sendo suficientemente cuidadoso ao separar sua atividade como colunista de sua atividade à frente da agência Dinheiro Vivo." (v. 2.1 ou v. 5.0, já que tem diferenças importantes em relação à v. 2.0)
Bem, cada qual poderá interpretar a reposta de Otavio Frias Filho do modo que lhe for mais conveniente. A minha interpretação é, somada à resposta primeira de Frias ao portal Imprensa, que a direção da Folha perdeu a confiança em Nassif, mas não que tenha visto alguma irregularidade criminal (v. 6.0?). (Claro, se eu fosse jornalista insistiria em esclarecer o que significa exatamente "não ser suficientemente cuidadoso". De minha parte, porém, dou-me por satisfeito: até prova em contrário, não houve nada demais.)
Upidêite: 23 de outubro de 2008. Nassif solicitou cópia do email com a resposta de Frias Filho. Atendi e enviei com "CC" à Folha para maior transparência. Minha torcida, claro, é para que tudo se esclareça a contento.
Upidêite 2: 03 de dezembro de 2008.
Luis Nassif comenta (25/11) mais sobre a questão.
Reinaldo Azevedo comenta (25/11) mais sobre a questão.
Eu (03/12) publico a íntegra do teor dos emails que troquei com o ombudsman da Folha.
Sla. Ma che?
O Terra Magazine traz uma reportagem interessante sobre o drama do ex-jogador de futebol Stefano Borgonovo e sua luta contra a esclerose lateral amiotrófica, a mesma que acomete o físico Stephen Hawking.
Destaco apenas um trecho que me pareceu estranho:
"O juiz Raffaele Guariniello, de Turim, especializado em inquéritos sobre o doping, está tentando responder a uma pergunta difícil: por que a incidência da ELA é muito mais alta entre os jogadores de futebol do que no resto da população italiana? A cada ano, na Itália a 'stronza' afeta 6 pessoas entre 100.000; mas em 10 anos 43 ex-jogadores adoeceram."
Se a taxa fosse igual à da população em geral, isso projetaria uma subpopulação de cerca de 720.000 jogadores. Mas segundo a Fifa, na Itália, há mais de 1,5 milhão de jogadores registrados, em um total de quase 5 milhões de jogadores de futebol na Velha Bota. Como assim, então, seria muito mais alta entre jogadores de futebol? Ao contrário, parece ser muito mais baixa!
Destaco apenas um trecho que me pareceu estranho:
"O juiz Raffaele Guariniello, de Turim, especializado em inquéritos sobre o doping, está tentando responder a uma pergunta difícil: por que a incidência da ELA é muito mais alta entre os jogadores de futebol do que no resto da população italiana? A cada ano, na Itália a 'stronza' afeta 6 pessoas entre 100.000; mas em 10 anos 43 ex-jogadores adoeceram."
Se a taxa fosse igual à da população em geral, isso projetaria uma subpopulação de cerca de 720.000 jogadores. Mas segundo a Fifa, na Itália, há mais de 1,5 milhão de jogadores registrados, em um total de quase 5 milhões de jogadores de futebol na Velha Bota. Como assim, então, seria muito mais alta entre jogadores de futebol? Ao contrário, parece ser muito mais baixa!
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Das pesquisas eleitorais
Muitas pessoas falando dos erros das previsões das pesquisas de boca-de-urna para o resultado do 1o turno das eleições municipais realizadas dia 5 de outubro último. Inclusive gente séria como Alberto Dines. E a chiadeira não é novidade, reaparece a cada eleição.
Algumas coisas têm cabimento nas ponderações feitas: pesquisa não é destino, há margem de erro e erro além da margem de erro. Eventualmente tem sim manipulações - embora empresas que dependem de sua credibilidade procurem cercar-se de cuidados na produção dos resultados.
Por simplificação, os institutos de pesquisa e as empresas de comunicação dão para cada pesquisa um único número de margem de erro: os valores de cada ponto podem estar acima ou abaixo do valor apontado dentro da margem de erro. Alguns detalham e indicam que a margem de erro significa que, se 100 pesquisas fossem feitas com a mesma metodologia e com as mesmas condições, em 95 delas os valores estariam dentro dessa margem de erro dada. Isso é simplificação - na verdade cada ponto tem sua própria margem de erro, mas explicar isso pode demandar tempo demais ou espaço demais em um telejornal ou em um jornal impresso. Simplificado o quanto seja, isso não está tão longe assim da realidade. Aqui uma explicação mais detalhada.
Mas será mesmo que os institutos de pesquisa erraram? O caso mais comentado é o resultado do 1o turno em São Paulo. Na pesquisa de boca-de-urna do Ibope, Marta (PT) aparecia com 36% e Kassab (DEM), com 32%. No resultado oficial, Kassab ficou com 34% e Marta com 32%. Como pode isso?
Vamos observar a tabela com os resultados das pesquisas de boca-de-urna do Ibope com o resultado final computados pelo TSE:
Apenas quatro entradas (de 26) da tabela ficaram fora da margem de erro. Por uma proporção simplória de 5%, seriam esperadas 1,3 entradas fora da margem, mas pelo pequeno número de entradas, é possível haver esse desvio sem maiores problemas. A coisa começaria a ficar ruim se, por exemplo, 30 entradas de 260 estivessem fora. (Essa análise é simplória, pois, entre outras coisas, está a considerar a margem única divulgada nas pesquisas.)
Mas os resultados batem com quem vence no 1o turno e quem vai para o 2o. A única inversão na ordem é o caso de São Paulo que causou muita celeuma. Porém, se compararmos os números, Kassab, Marta e Alckmin tiveram votações compatíveis com os resultados da boca-de-urna: Kassab teve 34% e a pesquisa indicava que ele teria entre 30 e 34%. Marta teve 33%, não muito longe da margem estimada entre 34 e 38%. Alckmin com seus 22%, está bem dentro da faixa de 19 a 23%. Isso para uma taxa de acerto de 95%. É perfeitamente possível que os valores fiquem fora da margem - ficando complicado apenas quando fica muito fora ou muitas entradas ficam fora.
O que é surpreendente é, na verdade, o grande grau de aproximação entre a estimativa e o resultado final. Especialmente quando temos em mente que os entrevistados não têm obrigação alguma de dizer a verdade e revelar seu voto (cujo sigilo é um direito constitucional).
A proximidade entre os resultados da pesquisa e a totalização indica também que é pouco provável que tenha havido manipulação direta: tanto na pesquisa, quanto no processo eleitoral.
Há quem classifique a possibilidade de influência do resultado da pesquisa sobre o voto como manipulação - a respeitável opinião de Dines se aproxima disso. Eu discordo, se a pessoa deseja votar em quem está a frente, é direito dela.
Algumas coisas têm cabimento nas ponderações feitas: pesquisa não é destino, há margem de erro e erro além da margem de erro. Eventualmente tem sim manipulações - embora empresas que dependem de sua credibilidade procurem cercar-se de cuidados na produção dos resultados.
Por simplificação, os institutos de pesquisa e as empresas de comunicação dão para cada pesquisa um único número de margem de erro: os valores de cada ponto podem estar acima ou abaixo do valor apontado dentro da margem de erro. Alguns detalham e indicam que a margem de erro significa que, se 100 pesquisas fossem feitas com a mesma metodologia e com as mesmas condições, em 95 delas os valores estariam dentro dessa margem de erro dada. Isso é simplificação - na verdade cada ponto tem sua própria margem de erro, mas explicar isso pode demandar tempo demais ou espaço demais em um telejornal ou em um jornal impresso. Simplificado o quanto seja, isso não está tão longe assim da realidade. Aqui uma explicação mais detalhada.
Mas será mesmo que os institutos de pesquisa erraram? O caso mais comentado é o resultado do 1o turno em São Paulo. Na pesquisa de boca-de-urna do Ibope, Marta (PT) aparecia com 36% e Kassab (DEM), com 32%. No resultado oficial, Kassab ficou com 34% e Marta com 32%. Como pode isso?
Vamos observar a tabela com os resultados das pesquisas de boca-de-urna do Ibope com o resultado final computados pelo TSE:
Cidade | Candidato (partido) | previsão | resultado |
Belo Horizonte - MG | Márcio Lacerda (PSB) | 45% | 44% |
m.e. 3% | Leonardo Quintão (PMDB) | 38% | 41% |
São Paulo - SP | Marta (PT) | 36% | 33% |
m.e. 2% | Kassab (DEM) | 32% | 34% |
Alckmin (PSDB) | 21% | 22% | |
Rio de Janeiro - RJ | Eduardo Paes (PMDB) | 33% | 32% |
m.e. 2% | Fernando Gabeira (PV) | 23% | 26% |
Marcelo Crivella (PRB) | 20% | 19% | |
Florianópolis - SC | Dário (PMDB) | 43% | 40% |
m.e. 3% | Espiridião Amin (PP) | 23% | 25% |
Porto Alegre - RS | José Fogaça (PMDB) | 39% | 44% |
m.e. 2% | Maria do Rosário (PT) | 23% | 23% |
Manuela D'Ávila (PCdoB) | 19% | 15% | |
Belém - PA | Duciomar Costa (PTB) | 33% | 35% |
m.e. 2% | José Priante (PMDB) | 21% | 19% |
Mário Cardoso (PT) | 19% | 18% | |
Recife - PE | João da Costa (PT) | 54% | 52% |
m.e. 2% | Mendonça Filho (DEM) | 24% | 25% |
Curitiba - PR | Beto Richa (PSDB) | 78% | 77% |
m.e. 2% | Gleisi (PT) | 19% | 18% |
Salvador - BA | João Henrique (PMDB) | 31% | 31% |
m.e. 2% | Walter Pinheiro (PT) | 31% | 30% |
ACM Neto (DEM) | 27% | 27% | |
Fortaleza - CE | Luizianne Lins (PT) | 53% | 50% |
m.e. 2% | Moroni (DEM) | 25% | 25% |
Patricia (PDT) | 15% | 15% |
Apenas quatro entradas (de 26) da tabela ficaram fora da margem de erro. Por uma proporção simplória de 5%, seriam esperadas 1,3 entradas fora da margem, mas pelo pequeno número de entradas, é possível haver esse desvio sem maiores problemas. A coisa começaria a ficar ruim se, por exemplo, 30 entradas de 260 estivessem fora. (Essa análise é simplória, pois, entre outras coisas, está a considerar a margem única divulgada nas pesquisas.)
Mas os resultados batem com quem vence no 1o turno e quem vai para o 2o. A única inversão na ordem é o caso de São Paulo que causou muita celeuma. Porém, se compararmos os números, Kassab, Marta e Alckmin tiveram votações compatíveis com os resultados da boca-de-urna: Kassab teve 34% e a pesquisa indicava que ele teria entre 30 e 34%. Marta teve 33%, não muito longe da margem estimada entre 34 e 38%. Alckmin com seus 22%, está bem dentro da faixa de 19 a 23%. Isso para uma taxa de acerto de 95%. É perfeitamente possível que os valores fiquem fora da margem - ficando complicado apenas quando fica muito fora ou muitas entradas ficam fora.
O que é surpreendente é, na verdade, o grande grau de aproximação entre a estimativa e o resultado final. Especialmente quando temos em mente que os entrevistados não têm obrigação alguma de dizer a verdade e revelar seu voto (cujo sigilo é um direito constitucional).
A proximidade entre os resultados da pesquisa e a totalização indica também que é pouco provável que tenha havido manipulação direta: tanto na pesquisa, quanto no processo eleitoral.
Há quem classifique a possibilidade de influência do resultado da pesquisa sobre o voto como manipulação - a respeitável opinião de Dines se aproxima disso. Eu discordo, se a pessoa deseja votar em quem está a frente, é direito dela.