Eu gosto da imagem do Cristo Redentor sobre o Corcovado. Mesmo que a estátua esteticamente não seja a mais perfeita, mas quem disse que eu entendo de estética? (Aliás, não entendo de nada e não pretendo me fazer de entendido.)
Agora, a Arquidiocese do Rio de Janeiro assume uma postura ridícula de acionar na justiça a Columbia Pictures pelo uso da imagem do Cristo Redentor no filme 2012. Quer indenização. Indenizar o quê, catzo?
Posso estar enganado, mas nem o Vaticano foi tão longe quando no mesmo filme a Capela Sistina vem abaixo.
E vem com a alegação de que o Cristo Redentor é símbolo religioso. Se for símbolo religioso então a ICAR é quem deveria cuidar de sua administração e manutenção, em vez de deixar tudo às custas do erário e só receber as prebendas. Aliás, se o Cristo Redentor é símbolo religioso, então o que fazem os crucifixos nas repartições públicas? Nessas horas o crucifixo deixa de ser um símbolo religioso segundo a ICAR. Porque, se for um, tem que ser retirado - já que a CF estabelece a separação entre Igreja e Estado.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Um gesto de coragem?
Luxa diz que não mandou banana pra torcida adversária. Segundo a Folha Online, o técnico do Galo mineiro disse que foi uma batida no braço para mostrar que ele tem sangue na veia e dignidade profissional. Veja o vídeo abaixo (a partir de uns 33 segundos).
Alguém explica pro professô que gesto de "sangue na veia" é com batidas no *antebraço*? (A favor dele, ele realmente bate as mãos no braço - o que não caracteriza uma banana típica, em que a mão repousa sobre a inserção do bíceps, movendo-se apenas o antebraço. Luxa inovou ao misturar pelo menos *três* gestos: a banana, o "olha meu muque" e o "sangue na veia'.)
Isso lembra o Romário em 2002 que deu um "fu-- you" pra torcida do próprio time (o Vasco), elevando o dedo médio. Veio com a desculpa que era pra ser um gesto de "garçom, me vê uma cerveja", em função da Brahma pré-AmBev -, de quem era garoto-propaganda, mas que o jogador havia confundido o dedo...
Sim, eu acho bobagem toda essa pretensa indignação com os gestos. "Oh! Gestos obscenos!" Volta e meia alguma autoridade aparentemente sem mais nada a fazer quer aparecer e enquadrar esportistas e coligados por esses momentos de extravazamento. Como o delega que queria prender Cristian, então no Corinthians, que mandou o mesmo gesto de Romário - mas em dose dupla com os braços cruzados - pra torcida são-paulina.
Só acho que, quem faz esses gestos, deveria ter hombridade (no caso de ser homem) suficiente: "sim, eu fiz!" Pode até se arrepender depois e pedir desculpas. Agora, é ridículo isso de inventar histórias pra tentar convencer as pessoas de que não fez o que fez e que fez o que não fez.
Alguém explica pro professô que gesto de "sangue na veia" é com batidas no *antebraço*? (A favor dele, ele realmente bate as mãos no braço - o que não caracteriza uma banana típica, em que a mão repousa sobre a inserção do bíceps, movendo-se apenas o antebraço. Luxa inovou ao misturar pelo menos *três* gestos: a banana, o "olha meu muque" e o "sangue na veia'.)
Isso lembra o Romário em 2002 que deu um "fu-- you" pra torcida do próprio time (o Vasco), elevando o dedo médio. Veio com a desculpa que era pra ser um gesto de "garçom, me vê uma cerveja", em função da Brahma pré-AmBev -, de quem era garoto-propaganda, mas que o jogador havia confundido o dedo...
Sim, eu acho bobagem toda essa pretensa indignação com os gestos. "Oh! Gestos obscenos!" Volta e meia alguma autoridade aparentemente sem mais nada a fazer quer aparecer e enquadrar esportistas e coligados por esses momentos de extravazamento. Como o delega que queria prender Cristian, então no Corinthians, que mandou o mesmo gesto de Romário - mas em dose dupla com os braços cruzados - pra torcida são-paulina.
Só acho que, quem faz esses gestos, deveria ter hombridade (no caso de ser homem) suficiente: "sim, eu fiz!" Pode até se arrepender depois e pedir desculpas. Agora, é ridículo isso de inventar histórias pra tentar convencer as pessoas de que não fez o que fez e que fez o que não fez.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Pré-candidatura de Dilma na Folha Online
A Folha de São Paulo parece mesmo não gostar nada da ministra Dilma Rousseff. O principal foi o episódio da ficha criminal falsa de Rousseff.
Mas, agora que ela lançou sua pré-candidatura, na Folha Online acabaram misturando as chamadas para reportagens sobre o evento com os problemas panetônicos do governador afastado - e preso - do DF, José Arruda.
Não me espantaria se no vídeo sobre "queimada" remetessem às imagens da ministra.
Bem, provavelmente é apenas um lapso. Mas pelo histórico nem tão recente, eles precisariam tomar mais cuidado para não dar brecha a interpretações mais maquiavélicas.
Mas, agora que ela lançou sua pré-candidatura, na Folha Online acabaram misturando as chamadas para reportagens sobre o evento com os problemas panetônicos do governador afastado - e preso - do DF, José Arruda.
Não me espantaria se no vídeo sobre "queimada" remetessem às imagens da ministra.
Bem, provavelmente é apenas um lapso. Mas pelo histórico nem tão recente, eles precisariam tomar mais cuidado para não dar brecha a interpretações mais maquiavélicas.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Tasso Jereissati, dá uma de bicudo bocudo
Recebi a mensagem abaixo do diretório nacional do PSDB (tenho vergonha de reproduzir, mas é um comentário que não posso deixar passar barato):
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Subject: O PSDB vai à luta
From: executiva.nacional@xxx
To: rmtakata@xxx
Date: Wed, 10 Feb 2010 12:33:00 -0500
Ontem, no plenário do Senado Federal, o PSDB deu mais uma demonstração de que não vai aceitar as mentiras da campanha antecipada de Dilma Rousseff.
"Essa liderança de silicone que está construída, bonita por fora, mas falsa por dentro, precisa começar a ser desmascarada adequadamente", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). "A ministra tem faltado com a verdade em frequência recorrente para inflar números, como fez com o seu currículo".
Depois de Tasso, vários outros senadores do PSDB, acompanhados por colegas da oposição, protestaram contra a apropriação vergonhosa pelo PT de programas do governo Fernando Henrique Cardoso e contra os números fantasiosos do PAC.
Não é preciso ter sido eleito senador para entrar nesse debate. No Painel da Rede PSDB a palavra é sua. Acesse e exerça seu direito de opinião. Venha, participe!
Abraços
Eduardo Graeff
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Respondi assim:
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RE: O PSDB vai à luta
From: rmtakata@xxx
To: executiva.nacional@xxx
Subject: RE: O PSDB vai à luta
Date: Wed, 10 Feb 2010 16:05:25 -0200
Prezados Senhores,
É muito salutar que o PSDB perca a vergonha e venha a defender o legado deixado pelos governos FHC. O partido não deve se intimidar com comparações. Deve sim exaltar as conquistas e admitir os eventuais erros - bem como apontar os vários erros dos governos Lula e admitir eventuais acertos destes.
O que me deixa estarrecido é esse nível baixo da fala do senador Tasso Jereissati sobre "liderança de silicone", que encerra o mais abjeto preconceito contra as mulheres. Triste que o PSDB atual, herdeiro do bravo PSDB de outrora, ainda dê destaque a tal disparate repulsivo.
Cordialmente,
Roberto Takata
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Subject: O PSDB vai à luta
From: executiva.nacional@xxx
To: rmtakata@xxx
Date: Wed, 10 Feb 2010 12:33:00 -0500
Ontem, no plenário do Senado Federal, o PSDB deu mais uma demonstração de que não vai aceitar as mentiras da campanha antecipada de Dilma Rousseff.
"Essa liderança de silicone que está construída, bonita por fora, mas falsa por dentro, precisa começar a ser desmascarada adequadamente", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). "A ministra tem faltado com a verdade em frequência recorrente para inflar números, como fez com o seu currículo".
Depois de Tasso, vários outros senadores do PSDB, acompanhados por colegas da oposição, protestaram contra a apropriação vergonhosa pelo PT de programas do governo Fernando Henrique Cardoso e contra os números fantasiosos do PAC.
Não é preciso ter sido eleito senador para entrar nesse debate. No Painel da Rede PSDB a palavra é sua. Acesse e exerça seu direito de opinião. Venha, participe!
Abraços
Eduardo Graeff
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Respondi assim:
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RE: O PSDB vai à luta
From: rmtakata@xxx
To: executiva.nacional@xxx
Subject: RE: O PSDB vai à luta
Date: Wed, 10 Feb 2010 16:05:25 -0200
Prezados Senhores,
É muito salutar que o PSDB perca a vergonha e venha a defender o legado deixado pelos governos FHC. O partido não deve se intimidar com comparações. Deve sim exaltar as conquistas e admitir os eventuais erros - bem como apontar os vários erros dos governos Lula e admitir eventuais acertos destes.
O que me deixa estarrecido é esse nível baixo da fala do senador Tasso Jereissati sobre "liderança de silicone", que encerra o mais abjeto preconceito contra as mulheres. Triste que o PSDB atual, herdeiro do bravo PSDB de outrora, ainda dê destaque a tal disparate repulsivo.
Cordialmente,
Roberto Takata
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
H2Oprocê
Quando ocorreu o apagão em novembro do ano passado, foi-nos lembrado o quanto dependemos da tecnologia - em particular da tecnologia eletroeletrônica - em nosso dia-a-dia. Ficamos privados especialmente dos meios de diversão, informação e comunicação por longas horas - pelo menos duas horas (a depender da região). Em prédios com dezenas de andares, pessoas tiveram que se esforçar para subir pela escada em iluminação precária.
Mas o rompimento da adutora que deixou mais de 750 mil moradores de São Paulo sem água desde sábado - no momento desta postagem o fornecimento ainda não havia sido reestabelecido - mostrou que o marco divisório da civilização é mesmo o acesso à água corrente em abundância. Talvez não por outro motivo, Roma é mais famosa por seus aquedutos - símbolo máximo de sua engenharia (que produziu ainda o Coliseu e a via Ápia, entre outras maravilhas), ao lado da grande Cloaca.
Uma casa urbana moderna sem água é uma habitação ainda mais precária do que uma moradia rural - não importa que esteja atuchada de geladeiras com conexão à internet, aspiradores de pó inteligentes, televisores de led de ultrabrilho com som hi-fi surround... Em um casebre nos grotões do interior pelo menos terá uma fossa séptica (no pior caso ainda tem uma moitinha) e um riacho ou um poço de onde colher a água para beber, cozinhar e se limpar. Uma edificação urbana depende do fornecimento de água por uma empresa. Quando funciona, é uma maravilha - temos água tratada clorada e fluoretada até na descarga (um desperdício luxuoso). Mas algumas horas em que isso deixe de funcionar - o suficiente para que as caixas d'água se esvaziem (aliás, a presença de caixas d'água é um belo sinal de que o serviço é mais precário do que deveria - a água falta com frequência a ponto de justificar tal aparato) - pronto... Água para beber ainda é possível de se obter naquelas lojas de venda em domicílio de água - supostamente proviente de uma mina vistoriada pelo DNMP e pelo MS. Mas e a água para o vaso sanitário? Como se livrar dos dejetos? A fisiologia é uma tirana implacável - não conseguimos reter o resultado do funcionamento de nossos rins e do sistema digestório (no último caso, pior ainda se você resolveu seguir o conselho daquele iogurte laxativo que promete deixar sua pele lisinha) por mais do que algumas horas.
Ironia que, depois do dilúvio que tomou conta de São Paulo, agora a falta d'água prometa ser os visigodos dos paulistanos. Ave José Caesar, morituri te salutant.
Upideite(09/fev/2010): Sim, sempre pode ser pior. Coitado daquele paulistano que pegou uma indisposição gastrointestinal durante o apagão aquático.
Mas o rompimento da adutora que deixou mais de 750 mil moradores de São Paulo sem água desde sábado - no momento desta postagem o fornecimento ainda não havia sido reestabelecido - mostrou que o marco divisório da civilização é mesmo o acesso à água corrente em abundância. Talvez não por outro motivo, Roma é mais famosa por seus aquedutos - símbolo máximo de sua engenharia (que produziu ainda o Coliseu e a via Ápia, entre outras maravilhas), ao lado da grande Cloaca.
Uma casa urbana moderna sem água é uma habitação ainda mais precária do que uma moradia rural - não importa que esteja atuchada de geladeiras com conexão à internet, aspiradores de pó inteligentes, televisores de led de ultrabrilho com som hi-fi surround... Em um casebre nos grotões do interior pelo menos terá uma fossa séptica (no pior caso ainda tem uma moitinha) e um riacho ou um poço de onde colher a água para beber, cozinhar e se limpar. Uma edificação urbana depende do fornecimento de água por uma empresa. Quando funciona, é uma maravilha - temos água tratada clorada e fluoretada até na descarga (um desperdício luxuoso). Mas algumas horas em que isso deixe de funcionar - o suficiente para que as caixas d'água se esvaziem (aliás, a presença de caixas d'água é um belo sinal de que o serviço é mais precário do que deveria - a água falta com frequência a ponto de justificar tal aparato) - pronto... Água para beber ainda é possível de se obter naquelas lojas de venda em domicílio de água - supostamente proviente de uma mina vistoriada pelo DNMP e pelo MS. Mas e a água para o vaso sanitário? Como se livrar dos dejetos? A fisiologia é uma tirana implacável - não conseguimos reter o resultado do funcionamento de nossos rins e do sistema digestório (no último caso, pior ainda se você resolveu seguir o conselho daquele iogurte laxativo que promete deixar sua pele lisinha) por mais do que algumas horas.
Ironia que, depois do dilúvio que tomou conta de São Paulo, agora a falta d'água prometa ser os visigodos dos paulistanos. Ave José Caesar, morituri te salutant.
Upideite(09/fev/2010): Sim, sempre pode ser pior. Coitado daquele paulistano que pegou uma indisposição gastrointestinal durante o apagão aquático.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
A comida das crianças, não!
Pego no pé dos direitistas, mas sei que na maior parte do tempo, a maior parte deles são gente boa - apenas temos visões de mundo antagônicas. Cada um deseja o melhor para o mundo a seu modo - discordamos frontalmente dos métodos e do que esperamos dos métodos dos outros.
Não acredito que a administração Kassab tenha feito tal estupidez de caso pensado:
Kassab reduz merenda de crianças carentes - Agora São paulo - 04/02/2009
"Cinco refeições por R$ 3,80. Pelo cálculo da prefeitura, essa é a quantia necessária para garantir a alimentação diária de uma criança ou um adolescente órfãos ou em situação de risco que vive em abrigos mantidos por entidades sociais. Desde 1º de janeiro, o município deixou de entregar a merenda nas unidades e informou que cada uma terá de passar o mês com uma verba de R$ 2.289. Elas atendem, em média, 20 menores."
Não se trata de chamar ao prefeito e equipe de Hitler, nazistas e quetais. Não. Mas isso revela a total desconexão com a realidade. Números são importantes, racionalizar os gastos é importante - mas isso só é importante na medida em que se tem como objetivo o bem estar dos cidadãos. A economia pela economia é burra. Que tipo de alimentação é possível proporcionar às crianças na maior megalópole deste lado ao sul do equador com tal quantia? Vai dar três bolachas e uma caneca de água por refeição?
Não é que queiram o mal das crianças, no entanto tal atitude demonstra uma frieza, uma despreocupação com um dos grupos mais fragilizados dessa nossa sociedade maluca (às vezes admirável, muitas vezes temível).
Sim, a Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou que o valor será revisto. Menos mal. No entanto, o menos mal aqui é algo ainda terrivelmente cruel. Criança não é só para beijar durante campanha eleitoral.
Gela-me a espinha saber que tal atrocidade poderia passar. E que ninguém na prefeitura se tocou do absurdo.
Choque de gestão? Choque de realidade nesses caras.
Não acredito que a administração Kassab tenha feito tal estupidez de caso pensado:
Kassab reduz merenda de crianças carentes - Agora São paulo - 04/02/2009
"Cinco refeições por R$ 3,80. Pelo cálculo da prefeitura, essa é a quantia necessária para garantir a alimentação diária de uma criança ou um adolescente órfãos ou em situação de risco que vive em abrigos mantidos por entidades sociais. Desde 1º de janeiro, o município deixou de entregar a merenda nas unidades e informou que cada uma terá de passar o mês com uma verba de R$ 2.289. Elas atendem, em média, 20 menores."
Não se trata de chamar ao prefeito e equipe de Hitler, nazistas e quetais. Não. Mas isso revela a total desconexão com a realidade. Números são importantes, racionalizar os gastos é importante - mas isso só é importante na medida em que se tem como objetivo o bem estar dos cidadãos. A economia pela economia é burra. Que tipo de alimentação é possível proporcionar às crianças na maior megalópole deste lado ao sul do equador com tal quantia? Vai dar três bolachas e uma caneca de água por refeição?
Não é que queiram o mal das crianças, no entanto tal atitude demonstra uma frieza, uma despreocupação com um dos grupos mais fragilizados dessa nossa sociedade maluca (às vezes admirável, muitas vezes temível).
Sim, a Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou que o valor será revisto. Menos mal. No entanto, o menos mal aqui é algo ainda terrivelmente cruel. Criança não é só para beijar durante campanha eleitoral.
Gela-me a espinha saber que tal atrocidade poderia passar. E que ninguém na prefeitura se tocou do absurdo.
Choque de gestão? Choque de realidade nesses caras.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Cruzes!
Já que tocamos no assunto de cruzes pelo novo uniforme do Timão, uma pequena compilação de estilos de cruzes.
A maioria das pessoas sabem que a cruz originalmente era um instrumento de tortura, especialmente aplicado no Império Romano. Uma das supostas vítimas seria Josué Nazareno - a partir de cujas histórias fundou-se uma religião, o Cristianismo, que adotou a cruz como um de seus símbolos. (A maior parte dos cristãos parece se esquecer que a cruz *não* é um símbolo universal, é um símbolo da religião particular deles - para os judeus, por exemplo, o símbolo é a estrela de Davi. O crucifixo - a cruz com a imagem de Cristo - é um símbolo de uma facção particular dentro do Cristianismo: os católicos, versões do crucifixo são usados também pelos anglicanos, cristãos ortodoxos e luteranos.)
Cruz latina. Seu braço inferior é mais longo do que os demais. O símbolo mais comum. Quando sobre ela se assenta a imagem de Jesus crucificado, temos um crucifixo. A cruz latina invertida é a cruz de São Pedro, pela tradição da mitologia cristã em que se diz que ele foi martirizado e crucificado de cabeça para baixo - essa cruz é bastante usada como símbolo satanista ou anticristão.
Cruz grega. Presente na bandeira da Grécia (à esquerda). Tem os braços em ângulo reto e todos do mesmo tamanho. Uma cruz parecida está presente na bandeira suíça (à direita), mas os braços não alcançam as margens do campo. A cruz sérvia possui quatro elementos em forma de C entre os braços.
Cruz de Santo André. Presente na bandeira da Escócia (àesqueda esquerda), da Jamaica. Em forma de xis - cruz decussata. A mitologia católica conta que o apóstolo André, irmão de Pedro, foi martirizado em uma cruz dessas - mas registros históricos não documentam tal formato antes do século 14. A cruz de São Patrício é similar, mas a cruz é vermelha sobre um fundo branco, estando presente na bandeira histórica da Irlanda. O estado americano do Alabama adota a cruz de Santo André, mas na cor vermelha sobre fundo branco, ficando igual à cruz de São Patrício. A cruz de Santo Albano é amarela sobre fundo azul. A cruz de Burgundi é similar, mas os braços têm edentações (à direita). (Nos comentários, daniduc lembra da bandeira de Amsterdan, com seu triplo x.)
Cruz de São Jorge. Presente na bandeira da Inglaterra (à esquerda). Vermelha sobre um fundo branco, com os braços alcançando as margens do campo. A bandeira de São Davi é similar, mas a cruz é dourada sobre um fundo negro. A de São Piran tem uma cruz branca sobre fundo negro. A Union Flag (à direita) representa o Reino Unido, juntando as bandeiras da Inglaterra, Escócia e da Irlanda histórica (atualmente apenas a Irlanda do Norte faz parte do R.U., a Irlanda propriamente dita é um país independente).
Cruz nórdica. Uma cruz latina deitada. Presente na Dannebrog, bandeira da Dinamarca (à esquerda) e nas bandeiras dos demais países nórdicos: Islândia, Finlândia, Suécia e Noruega.
Cruz fleury (à esquerda). Não, não tem nada com um certo ex-governador na época do massacre do Carandiru, nem com um famoso laboratório de análises clínicas. Seu nome se deve às flores-de-lis na ponta dos braços. Uma variação dela encontra-se no escudo da Associação Portuguesa de Desportos (à direita). Lembra um pouco a cruz molina.
Cruz molina (à esquerda). Marca de brisura na heráldica inglesa - distinguindo brasões similares da mesma família e denotando o oitavo filho. Seu nome deriva do francês 'fer de moline' (ferro de moinho), um grampo que prendia a pedra de mó. A cruz furcada (à direita) também apresenta a extremidade dos braços fendidos, mas os ramos não são curvados.
Cruz da ordem dos Cavaleiros de Cristo. Foi usada nas caravelas portuguesas. Presente no escudo da Associação Atlética Portuguesa (a Portuguesa Santista ou Briosa). Está presente também na bandeira da cidade de São Paulo, SP - em uma mistura com cruz nórdica (à direita).
Cruz de Malta. Usada pela Ordem dos Cavaleiros Hospitalários. Tem quatro braços em forma de V que se unem pelos vértices.
Cruz pátea. Presente no escudo do Clube de Regatas Vasco da Gama. Os braços começam estreitos no centro e se alargam na região periférica. O Vasco não apenas é um clube de futebol e não de regatas com diz seu nome (começou como um clube de remo, mas o departamento de futebol acabou predominando), como chama de cruz de malta a seu símbolo, usando outra cruz - e para piorar, sendo pretensamente uma homenagem ao grande navegante português que lhe empresta o nome, as caravelas portuguesas usavam ainda outro tipo de cruz, a cruz da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. A cruz pátea foi símbolos da ordem cruzada dos Cavaleiros Teutônicos, sendo usada na variação da Cruz de Ferro com condecoração militar prussiana e da Alemanha nazista. Seu nome vem do francês 'patte' (pata), por causa da forma dos braços.
Cruz de São Floriano. Uma cruz em forma de flor.
Cruz patriarcal (à esquerda). Variação da cruz latina, com uma barra transversal menor sobre o braço superior. A cruz Ortodoxa é uma variante com uma barra inclinada menor sobre o braço inferior (à direita). A cruz de Lorraine é parecida com a cruz patriarcal - mas a posição das barras horizontais variam um tanto de posição.
Cruz papal (à esquerda). Cruz latina com duas barras horizontais sobre o braço superior. A cruz de Salém (à direita) também com duas barras horizontais, mas a inferior e a superior de igual tamanho.
Cruz de Jerusalém (à esquerda). Cruz com braços barrados nas extremidades e cruzes menores nos quadrantes. Símbolo do Reino Cruzado de Jerusalém. Uma variação está presente na bandeira da Geórgia (país do Cáucaso, não o estado americano), com os braços da cruz principal sem as traves (à direita).
A maioria das pessoas sabem que a cruz originalmente era um instrumento de tortura, especialmente aplicado no Império Romano. Uma das supostas vítimas seria Josué Nazareno - a partir de cujas histórias fundou-se uma religião, o Cristianismo, que adotou a cruz como um de seus símbolos. (A maior parte dos cristãos parece se esquecer que a cruz *não* é um símbolo universal, é um símbolo da religião particular deles - para os judeus, por exemplo, o símbolo é a estrela de Davi. O crucifixo - a cruz com a imagem de Cristo - é um símbolo de uma facção particular dentro do Cristianismo: os católicos, versões do crucifixo são usados também pelos anglicanos, cristãos ortodoxos e luteranos.)
Cruz latina. Seu braço inferior é mais longo do que os demais. O símbolo mais comum. Quando sobre ela se assenta a imagem de Jesus crucificado, temos um crucifixo. A cruz latina invertida é a cruz de São Pedro, pela tradição da mitologia cristã em que se diz que ele foi martirizado e crucificado de cabeça para baixo - essa cruz é bastante usada como símbolo satanista ou anticristão.
Cruz grega. Presente na bandeira da Grécia (à esquerda). Tem os braços em ângulo reto e todos do mesmo tamanho. Uma cruz parecida está presente na bandeira suíça (à direita), mas os braços não alcançam as margens do campo. A cruz sérvia possui quatro elementos em forma de C entre os braços.
Cruz de Santo André. Presente na bandeira da Escócia (à
Cruz de São Jorge. Presente na bandeira da Inglaterra (à esquerda). Vermelha sobre um fundo branco, com os braços alcançando as margens do campo. A bandeira de São Davi é similar, mas a cruz é dourada sobre um fundo negro. A de São Piran tem uma cruz branca sobre fundo negro. A Union Flag (à direita) representa o Reino Unido, juntando as bandeiras da Inglaterra, Escócia e da Irlanda histórica (atualmente apenas a Irlanda do Norte faz parte do R.U., a Irlanda propriamente dita é um país independente).
Cruz nórdica. Uma cruz latina deitada. Presente na Dannebrog, bandeira da Dinamarca (à esquerda) e nas bandeiras dos demais países nórdicos: Islândia, Finlândia, Suécia e Noruega.
Cruz fleury (à esquerda). Não, não tem nada com um certo ex-governador na época do massacre do Carandiru, nem com um famoso laboratório de análises clínicas. Seu nome se deve às flores-de-lis na ponta dos braços. Uma variação dela encontra-se no escudo da Associação Portuguesa de Desportos (à direita). Lembra um pouco a cruz molina.
Cruz molina (à esquerda). Marca de brisura na heráldica inglesa - distinguindo brasões similares da mesma família e denotando o oitavo filho. Seu nome deriva do francês 'fer de moline' (ferro de moinho), um grampo que prendia a pedra de mó. A cruz furcada (à direita) também apresenta a extremidade dos braços fendidos, mas os ramos não são curvados.
Cruz da ordem dos Cavaleiros de Cristo. Foi usada nas caravelas portuguesas. Presente no escudo da Associação Atlética Portuguesa (a Portuguesa Santista ou Briosa). Está presente também na bandeira da cidade de São Paulo, SP - em uma mistura com cruz nórdica (à direita).
Cruz de Malta. Usada pela Ordem dos Cavaleiros Hospitalários. Tem quatro braços em forma de V que se unem pelos vértices.
Cruz pátea. Presente no escudo do Clube de Regatas Vasco da Gama. Os braços começam estreitos no centro e se alargam na região periférica. O Vasco não apenas é um clube de futebol e não de regatas com diz seu nome (começou como um clube de remo, mas o departamento de futebol acabou predominando), como chama de cruz de malta a seu símbolo, usando outra cruz - e para piorar, sendo pretensamente uma homenagem ao grande navegante português que lhe empresta o nome, as caravelas portuguesas usavam ainda outro tipo de cruz, a cruz da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. A cruz pátea foi símbolos da ordem cruzada dos Cavaleiros Teutônicos, sendo usada na variação da Cruz de Ferro com condecoração militar prussiana e da Alemanha nazista. Seu nome vem do francês 'patte' (pata), por causa da forma dos braços.
Cruz de São Floriano. Uma cruz em forma de flor.
Cruz patriarcal (à esquerda). Variação da cruz latina, com uma barra transversal menor sobre o braço superior. A cruz Ortodoxa é uma variante com uma barra inclinada menor sobre o braço inferior (à direita). A cruz de Lorraine é parecida com a cruz patriarcal - mas a posição das barras horizontais variam um tanto de posição.
Cruz papal (à esquerda). Cruz latina com duas barras horizontais sobre o braço superior. A cruz de Salém (à direita) também com duas barras horizontais, mas a inferior e a superior de igual tamanho.
Cruz de Jerusalém (à esquerda). Cruz com braços barrados nas extremidades e cruzes menores nos quadrantes. Símbolo do Reino Cruzado de Jerusalém. Uma variação está presente na bandeira da Geórgia (país do Cáucaso, não o estado americano), com os braços da cruz principal sem as traves (à direita).
Quadrilha januária
Agora 'tá tudo explicado. Como semestre que vem tem eleição, daqui a pouco tem carnaval e Copa, adiantaram a festa junina para agora.
A nova quadrilha dança assim:
"E olha a chuva!"
"Não é mentira!"
"Olha a cobra!"
"Não é mentira!"
"A ponte caiu!"
"Não é mentira!"
"Olha o túnel"
"Anavan!"
"Direita com direita"*
"Caminho da roça?"
------------------
*Sim, não considero o Serra como sendo de direita - apesar das aliança muito ruim com o DEM -, apenas para fins de piada. Claro que - até por conta dessa aliança - o Zé está devendo.
A nova quadrilha dança assim:
"E olha a chuva!"
"Não é mentira!"
"Olha a cobra!"
"Não é mentira!"
"A ponte caiu!"
"Não é mentira!"
"Olha o túnel"
"Anavan!"
"Direita com direita"*
"Caminho da roça?"
------------------
*Sim, não considero o Serra como sendo de direita - apesar das aliança muito ruim com o DEM -, apenas para fins de piada. Claro que - até por conta dessa aliança - o Zé está devendo.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
100 anos: A cruz e a espada
É maldade o que andam dizendo por aí, que a nova terceira camisa do Timão com uma cruz roxa representa a fé do torcedor corintiano na conquista da Libertadores e se chama: cruz credo.
Sim, a camisa é horrível...
E não é nem um pouco original. A camisa do centenário da Internazionale (também da Nike) seguia o mesmo estilo, mas com uma melhor combinação de cores.
O Boca Juniors, que nem centenário comemora este ano, já tem 105 anos, também tem uma camiseta Nike com cruz (escandinava, para homenagear a Suécia).
A cruz na camisa do terceiro (e horrível) uniforme mosqueteiro é a Cruz de São Jorge (o santo padroeiro do time do parque homônimo), a mesma que está presente na bandeira da Inglaterra, terra do Corinthian Casual, time que inspirou o batismo do Sport Club Corinthians Paulista.
Não sei dos detalhes do contrato entre o Timão e a Nike, mas bem que a diretoria poderia ter pedido um design mais original (e bonito). A grandeza da nação corintiana (sim, Inter e Boca são também clubes gigantes na tradição, nas conquistas e na torcida) merecia um pouco mais de esforço criativo.
Sim, a camisa é horrível...
E não é nem um pouco original. A camisa do centenário da Internazionale (também da Nike) seguia o mesmo estilo, mas com uma melhor combinação de cores.
Camiseta comemorativa do centenário da Internazionale de Milão em 2008, homenagem à Ambrosiana. Explicações aqui.
O Boca Juniors, que nem centenário comemora este ano, já tem 105 anos, também tem uma camiseta Nike com cruz (escandinava, para homenagear a Suécia).
A cruz na camisa do terceiro (e horrível) uniforme mosqueteiro é a Cruz de São Jorge (o santo padroeiro do time do parque homônimo), a mesma que está presente na bandeira da Inglaterra, terra do Corinthian Casual, time que inspirou o batismo do Sport Club Corinthians Paulista.
Bandeira inglesa. Não confundir com a bandeira do Reino Unido, a Union Jack, composta pelas bandeiras da Inglaterra (Cruz de São Jorge), Escócia (Cruz de Santo André) e Irlanda (Cruz de São Patrício).
Não sei dos detalhes do contrato entre o Timão e a Nike, mas bem que a diretoria poderia ter pedido um design mais original (e bonito). A grandeza da nação corintiana (sim, Inter e Boca são também clubes gigantes na tradição, nas conquistas e na torcida) merecia um pouco mais de esforço criativo.