Ok, ok, piada de mau gosto. Ainda mais pra assunto sério. Mas o discurso da ICAR não ajuda em nada, nem mesmo a ela mesma.
A cada declaração tenta se pôr como vítima de uma campanha difamatória. A cereja do bolo foi a ridícula comparação da cobranças à Igreja Católica pelos casos de pedofilia com o sentimento antissemitista - comparação essa feita por um pregador do Vaticano. Claro, tiveram que recuar nesse absurdo.
E vem um bispo colombiano que, registre-se o pedido de desculpas, diz que não se deve criticar apenas a ICAR porque somente 0,02% dos casos de pedofilia se referem a ela. Hããã, senhor Juan Vicente Córdoba, o total de padres católicos no mundo gira em torno de 400 mil. O mundo tem algo como 7 bilhões de pessoas. Então o corpo sacerdotal da ICAR corresponde a 0,006%. O total de casos de pedofilia, sendo proporcional à população de cada grupo, não poderia ultrapassar essa fração. A ICAR tem 3,4 vezes o total de casos médio na população.
Mas não é, nem de longe, essa a questão central. O problema é que a hierarquia da ICAR sistematicamente tem protegido seus sacerdotes que abusam sexualmente de crianças. Essa é a cobrança. Qualquer outra argumentação é tergiversação. Sim, é uma minoria do clero da ICAR que pratica tais abusos, aceite-se que seja em um nível similar à da população em geral. Não é, repita-se, essa a questão. O problema é o que a ICAR tem feito cada vez que descobre esses casos dentro de sua hierarquia.
O tempo verbal é o que mata toda argumentação e boa vontade da Igreja. O problema não é o que a Igreja FEZ quando descobriu os casos de pedofilia na Irlanda ou nos EUA, o problema é o que a Igreja FAZ quando descobre casos de pedofilia no interior de São Paulo, em Goiás, etc.
ResponderExcluirAndré,
ResponderExcluirValeu pela visita e comentário.
[]s,
Roberto Takata