quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Porra, Molina: O que se passa pela cabeça de Serra?

O único objeto a incontestavelmente atingir o candidato do PSDB, o governador José Serra, é uma bolinha de papel, como mostrada nas imagens do SBT.

A Folha divulgou vídeo feito por um repórter seu por celular afirmando que mostrava outro momento em que Serra era atingido por outro objeto. A Globo pediu ao perito Molina para analisar a imagem.

Mostram esta imagem como prova de que Serra foi atingido por um rolo de fita adesiva:
Desculpe-me, Prof. Molina, mas o Instituto NAQ de Análise Caseira de Imagens discorda do parecer. Essa imagem pouco nítida de celular, na verdade mostra o *cabelo* de uma pessoa atrás de Serra.

Pra começar, veja a imagem abaixo:

Foi tirada do mesmo vídeo. Vemos que há retângulos em vários pontos formados pela baixa resolução da câmara - setas em amarelo. Então o retângulo na cabeça de Serra não é o rolo visto de lado. Vamos analisar o "calombo" indicado pela seta em vermelho.

Os dois frames seguintes não mostram muita coisa, só a persistência do calombo:
No quarto frame da sequência, o calombo parece diminuir:
Os dois seguintes também não mostram muita coisa:
Mas o frame seguinte mostra, o calombo *aumentando*. Se fosse o tal rolo, ele teria *subido*, em clara afronta aos princípios ditatoriais nazifascistas da lei da gravitação!

Mais alguns frames em que não acontece muita coisa:





Mas eis que o calombo *acompanha* Serra seguindo em *frente*! Teria o rolo de fita adesiva grudado em Serra?

Aí tem vários frames desinteressantes. Não irei reproduzi-los, mas quem estiver interessado é só baixar um programa que permita a exibição quadro a quadro - tem sharewares que poderá usar para testes (eu usei o share do Video Snapshot Wizard). No quadro acima já dá pra ver que o rolo de fita que o perito identificou - porra, Molina! - é o topete de alguém. Seguindo mais à frente no vídeo, eis a identificação do rolo que jogaram em Serra:

Sério, *porra*, Molina! (Porra, Globo; porra, Folha.)

É bem possível, no entanto, que tenham jogado outros objetos no governador. Isso seria um ato mais do que lamentável. Só o ato de tacar bolinha em alguém é uma violência inaceitável. Não pela agressão física em si - que no caso da bolinha de papel é mínima para inexistente -, mas pelo desrespeito que isso representa. Lastimável também o fato de tentarem atingir a candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff.

Um comentário:

  1. Mais que o rolo de fita, eu vi o fantasma do Mel Gibson na última foto a esquerda. Assustador!

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