Há os que sabem e dão uma de migué dizendo que o contato da água com o medicamento produz uma memória molecular. Não há nenhum indício sério de que isso ocorra. O caso mais famoso de defesa do princípio da ultradiluição acabou com a carreira de Jacques Benveniste: o editor da revista Nature, sir John Maddox, aceitou o trabalho de Benveniste de que uma solução ultradiluída de anticorpos ativavam células do sistema imune in vitro - Maddox esclareceu no editorial da mesma edição que fazia isso em nome da discussão. O objetivo da discussão foi amplamente atendido. Uma comissão foi criada com o objetivo de analisar o trabalho - comissão que incluiu gente como James Randi: não se conseguiu replicar os resultados, e aparentemente os resultados iniciais haviam sido manipulados - Benveniste atribuiu o erro a uma assistente de laboratório; ficou desacreditado (mesmo contando com o apoio do nobelista e compatriota Luc Montagnier - que também criou sua própria esquisitice sobre 'teleporte' eletromagnético de ADN), mas continuou tentando provar a tal memória da água.
Para denunciar a farsa que é a homeopatia - inacreditavelmente (tá, nem tão inacreditável assim) aceita pelo CFM como especialidade médica - uma organização inglesa promove anualmente o 'suicídio homeopático' com pessoas tomando overdose de 'medicamentos' homeopáticos: vários vidros de soluções ou vários comprimidos de preparados homeopáticos.
A iniciativa conta agora com sua versão brazuca, organizada pelo dono do Ceticismo Aberto, Kentaro Mori.
Abaixo uma lista de quem apoia ou participa do desafio 10:23 (a ser realizado dias 5 e 6 de
10:23 Homeopatia é feita de nada - Página da Campanha
Ateus do Brasil
cartapotiguar
Ceticismo Aberto
Cultura Científica
Evolucionismo.org
LiHS/Bule Voador
Paulopes Weblog
42
Rainha Vermelha
RNAm
Sociedade Racionalista USP
Tela Crente
Uma Visão do Mundo
O NAQ dá todo apoio moral ao evento. (Claro que o ato em si não é a prova da ineficácia dos 'medicamentos' homeopáticos. Serve mais como atração da atenção pública para a farsa da homeopatia - e de quase todas as chamadas 'medicinas alternativas', que não são nem medicina, nem alternativa afinal de contas.)
Upideite(05/fev/2011): A cobertura dos meios de comunicação.
UOL - Grupo de céticos toma "overdose" para provar que homeopatia não funciona
Zero Hora - Bate-boca marca protesto contra homeopatia em Porto Alegre
Folha.com - Manifestantes se reúnem para tomar overdose de homeopatia em SP
Gazeta do Sul - Protesto contra homeopatia vira bate-boca
Jornal da Record - Manifestantes tomam "overdose" homeopática para provar ineficiência
Rádio CBN - Manifestantes contra e a favor da homeopatia se encontram em três capitais brasileiras
Videos e fotos.
Bule Voador - Vídeo: Overdose Homeopática em Porto Alegre (05/02/2011) #ten23
42 - Desafio #ten23 - overdose homeopática: vídeo-diário
YT - ProfessoraKarina - 10:23 Homeopathy Rio de Janeiro Brazil - Homeopatia Brasil (2011)
YT - ceticismoaberto - Campanha 10:23 São Paulo - Homeopatia É Feita de Nada
Tem uma coisa muito boa em relação à homeopatia: também, ao que se sabe, não faz mal. É água, sem efeitos de cura, mas sem os efeitos de intoxicação e colaterais.
ResponderExcluirAssim, se a pessoa acredita piamente na homeopatia, ela vai funcionar como um placebo, e o próprio organismo da pessoa vai trabalhar, com seus agentes naturais, para tentar curar aquela doença.
Com a grande vantagem de a pessoa não ter que se submeter a mil drogas.
Eu acho mais saudável o sujeito que usa homeopatia (placebo que não faz mal) do que o hipocondríaco, que toma remédio até pra uma dorzinha de cabeça.
Cris,
ResponderExcluirGrato pela visita e comentários.
Você está comparando duas situações bem distintas: o caso mais benigno da homeopatia com um dos casos mais malignos de medicamentos reais. Uma melhor comparação é entre situações típicas.
O uso de placebo é recomendável em situações muito específicas. O uso *controlado* e *sob prescrição médica* de medicamentos verdadeiros tende a trazer mais benefícios.
Veja q não é completamente verdadeiro q soluções homeopáticas não façam mal. Há casos de pessoas que morreram por protelar tratamentos reais para problemas reais.
[]s,
Roberto Takata