Deve ter sido o frio em sampa (em beagá nem estava tanto), mas muitas das "vadias" (a maioria aparentemente, mas posso estar enganado, pois não estive in loco, apenas vejo as imagens noticiadas) estavam mais vestidas do que a média das carolas da Marcha pela Família. Tinha até cachecol.
O que me deixou encafifado, porém, é um cartaz com os dizeres: "Contra a globalização do silicone. Globalizemos a rebeldia feminista." da Marcha Mundial das Mulheres. Isso não faz sentido em um protesto contra a culpabilização das vítimas das agressões sexuais. Se o mote é "me visto como quero, respeite o meu corpo", o direito ao próprio corpo passa inclusive por modificá-lo - até por razões estéticas. Não sei dizer qual a porcentagem, só posso dizer que existem, mas há feministas que condenam as que se vestem "para matar" dizendo que isso contribui para a imagem dos homens a respeito das mulheres como simples objeto sexual. Naturalmente tal condenação estende-se a cirurgias estéticas, notadamente os silicones.
Mas há aspectos positivos nessa contradição: expõe a diversidade dos pontos de vistas e que essa divergência não impede a união em torno de objetivos em comum - o respeito à dignidade das mulheres.
Viva às vadias, inclusive as de mentirinha. Viva às vadias, inclusive as que são vadias mesmo.
Eu também achei aquele cartaz completamente fora de propósito. Mas acho que ele tinha todo o direito de estar ali. (Ou em qualquer outro lugar!)
ResponderExcluirBelo texto!
Oi, Ana,
ResponderExcluirGrato pela visita e comentário.
Certamente, a mulher ali tinha todo o direito de exibir aquele cartaz.
[]s,
Roberto Takata
Achei uma marcha completamente inútil, tanto no Brasil quanta eu outras partes do mundo.
ResponderExcluirOi, Anita,
ResponderExcluirGrato pela visita e comentário.
[]s,
Roberto Takata