Desocupar reitoria da PUC-SP, invadida por 250 alunos: 110 policiais do BP Choque.
Conter a rebelião em um presídio como Carandiru (cerca de 7-8 mil presidiários na década de 1990): 341 policiais.
Cumprir ordem de reintegração de posse de reitoria invadida por 60-70 estudantes: 400 policiais da Tropa de Choque (fora helicóptero, carros, cavalos). Sim, o câmpus do Butantã tem uma população de estudantes de cerca de 50 mil alunos; mas boa parte era contra a invasão da reitoria. Só uns 300 se mobilizam por lá, como neste ano - tanto os contrários à presença da PM, como os favoráveis - e em 2009. Com funcionários, na greve de 2009, chegaram a 1.000-2.000: controlados por 20 a 40 homens da PM.
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Queria saber quais parâmetros a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e o comando da PM utilizaram para dimensionar o efetivo para a operação de reintegração de posse e desocupação da reitoria em quatro centenas de soldados muito bem equipados.
Comparativamente parece-me que carregaram na dose e gastaram dinheiro extra à toa (à toa em termos de efetividade do cumprimento da ordem judicial, garantindo a segurança de todos).
Enviei um email à Polícia Militar perguntando sobre isso. Vamos ver se respondem.
Upideite(16/nov/2011): Eu perguntei (dia 10/nov/2011):
"Prezados Srs.,
Uma dúvida. Como foi definido o tamanho do efetivo e do aparato mobilizado na operação de reintegração de posse da Reitoria da USP no dia 08/11/2011?
Agradeço desde já a atenção.
Cordialmente,
Roberto Takata"
A PM de São Paulo respondeu (dia 16/nov/2011) :
"Prezado Senhor Roberto Takata,
Agradecemos o envio da mensagem, esclarecemos a V. Sª que é realizado um estudo através das normas existentes na Instituição e determinado um levatamento preciso, para poder ter certeza da real quantidade do efetivo, a ser empregado.
Fale Conosco PM"
Maior efetivo numérico resulta em maior segurança por dois motivos principais: 1. Menor chance da desocupação se transformar num confronto real, pela desproporção numérica entre as partes; 2. Menor chance de abuso de poder e violência por parte da PM, pela fiscalização cruzada dentro da própria força policial. Claro que isso tudo resulta em que haja menos risco de a operação resulte num fiasco ou descambe para a violência, o que seria péssimo para a imagem do governo estadual. Resumindo, mais uma vez o dinheiro público foi mal gasto e os "estudantes" rebeldes da FFLCH foram aquinhoados com um tratamento privilegiado, por pertencerem à mesma classe social das "autoridades".
ResponderExcluirSalve, André,
ResponderExcluirCom a 1 eu tendo a concordar (mas a impressão q eu tenho é q passaram muito além do efetivo mínimo necessário para tal efeito dissuasivo). Com a 2, não - ainda mais que, pelos relatos, os policiais não estavam identificados.
Há fotos tb de policiais apontando escopetas para a cara de estudantes desarmados e rendidos. Desnecessário e perigoso - mm se forem balas de borracha.
[]s,
Roberto Takata