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Já vi vários argumentos justificando a prisão de Lula e/ou de que ele de fato cometeu crime de corrupção com base na aliança dele com Jucá, Temer, Maluf, Renan, Sarney, donos de empreiteiras como Emílio e Marcelo Odebrecht ou Leo Pinheiro...
Em um primeiro momento isso me soa a um ad hominem. O fato de ele ter feito aliança política com sujeitos no
Sendo caridoso, podemos ver isso não como uma prova, mas como um argumento de contexto. Como era próximo a notórios corruptos, então certos outros elementos de prova devem seguir uma certa chave interpretativa: altera a probabilidade condicional de que esses elementos estejam ligados a atos ilícitos.
Pois bem, assim seria justo. Mas há um porém. Dois.
1. Temos o fato de que era uma composição política em nome da governabilidade também. Isso *também* altera as probabilidades condicionais, mas em um sentido oposto, o de diminuir a probabilidade de ligação com ilícitos. P.e. a nomeação de
2. Temos que levar em conta também como contexto que os procuradores do MPFPR e o juiz Sérgio Moro *queriam* a condenação do Lula - tenha ou não componente apreciável da pressão midiática nessa vontade dos membros da Lava Jato. Isso é evidenciado nas várias condutas consideradas atípicas por especialistas no Direito de seus membros no inquérito e no processo. Lembrando não apenas a pressa sempre presente (o rápido julgamento, o rápido pedido de prisão), mas a divulgação ilegal dos grampos (Moro teve que pedir desculpas depois de levar um pito do STF) e a recusa do acordo de colaboração premiada quando não envolvia acusação contra Lula. E, mais grave, a denúncia de Tacla Duran sobre os procedimentos da Lava Jato.
Se é contexto, temos que considerar esses e outros elementos também.
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