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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Corinthians, gigante desde sempre

Alguns importantes marcos e conquistas não esportivas do Sport Club Corinthians Pauista.
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1918.
"Todo mundo ficava doente. [...] O Corinthians divulgou humilde comunicado afirmando que, sendo composto em sua maioria por operários, sentia-se 'na obrigação de vir, apesar de sua insignificante valia, concorrer, com seu esforço [...] para alívio dos infelizes operários atacados pela pandemia que assola esta capital'. Assim, embora 'pobre por sua natureza', achou-se 'forte para sair de seu modesto canto' e abrir uma lista de contribuições aos sócios e admiradores, cuja arrecadação seria destinada à Cruz Vermelha." Pp: 187-8.
TOLEDO 2015.

1925
"Segundo depoimentos, além de seu próprio testemunho, Rebolo foi um pioneiro na luta para que o negro fosse incorporado ao futebol das ligas oficiais. Conhecia o assunto e manifestou-se contra a segregação que predominava nas primeiras décadas do século XX. Inclusive, ele mesmo foi jogador de futebol de 1917 a 1932, antes de se tornar artista: no Corinthians, clube para o qual desenharia o emblema definitivo, nos anos 1930, jogou de 1922 a 1927.

Em 1975, Rebolo contou, não sem indignação, sobre o preconceito: 'Um absurdo, mas existia mesmo essa interdição. Os times da elite não admitiam a entrada de jogadores negros. No meu tempo de jogador, não havia negros em nenhum time. Acabou minha carreira e posso assegurar que não joguei com preto e nem contra pretos, nos jogos da Liga; eu só tinha colegas negros na várzea.. Eu me recordo de que no Corinthians surgiu um mulato chamado Tatu, que jogava muita bola, era um craque. Certa vez, num jogo entre Corinthians e Paulistano, o Tatu marcou o gol da vitória. A cidade ficou tomada, com gente fazendo discurso, já foi uma vitória do povão.'" P. 230

RODRIGUES, Mário. O negro no futebol brasileiro. Mauad Ed. 343 pp.

1979.
"Quando a polícia começou a subir os degraus da arquibancada, os torcedores da Gaviões da Fiel deram-se os braços e fecharam o caminho. Os soldados da Polícia Militar ainda tentaram forçar a passagem mas, nas fileiras de trás, milhares de outros corinthianos, braços dados, formando uma massa compacta, começaram a gritar, ameaçando descer as escadarias do estádio do Morumbi. O comando do policiamento deve ter avaliado a situação e dado uma contra-ordem, porque os PMs recuaram, desistindo de chegar até nós.
- 'Eles estavam falando da nossa faixa'- rádio de pilha colado no ouvido, boné e camiseta do Corinthians e um sorriso nos lábios, o torcedor a meu lado informava a reação no estádio. Eu jamais o vira antes e nem o encontrei depois, mas nunca o pronome possessivo na primeira pessoa do plural me pareceu tão saboroso.
'Anistia, ampla, geral e irrestrita' – dizia a faixa, e o fato dele a chamar de 'nossa' tinha, para mim, pelo menos, um significado que ultrapassava em muito aquela fugaz solidariedade que se estabelece nos campos de futebol entre torcedores do mesmo time: a bandeira era minha e da torcida do Corinthians."

FON, A.C. 2006. Depoimento à Fundação Perseu Abramo.

1983. Final do Paulista.
Jogadores do Timão entram com a faixa: "Ganhar ou perder. Sempre com Democracia."

2014.
"E aqui não há, e nem pode haver, homofobia. Pelo fim de grito de 'bicha' no tiro de meta do goleiro adversário. Porque a homofobia, além de ir contra o princípio de igualdade que está no DNA corinthiano, ainda pode prejudicar o Timão. Aqui é Corinthians!"

Manifesto contra a homofobia.

2016.
"Refugiados vivem um dia inesquecível em acolhida promovida pelo Corinthians"

2017
Suspende por tempo indeterminado atleta de MMA por homofobia.

2020
"O Corinthians colocará as suas instalações à disposição do Estado e da Prefeitura de São Paulo para ajudar no combate contra a pandemia de coronavírus. Através de nota em seu site oficial, o clube confirmou que disponibiliza a Arena, o CT Joaquim Grava e sua sede social para auxiliar na luta contra o Covid-19."
Gazeta Esportiva

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Expulsão de Cássio: Dissecção de uma injustiça

O goleiro Cássio foi vítima de uma arbitragem arbitrária no clássico deste domingo contra o Parmera, na segunda partida do Corinthians pelo Paulista 2015. (1 x 0 pro Timão em cima do Guarani da Capital em plena Allianz Parque.)

Depois de um amarelo discutível por amarrar ele mesmo as chuteiras - claro, tirando as luvas - sob a alegação de que estaria atrasando o jogo; um outro amarelo, também sob alegação de cera, resultou na expulsão do arqueiro em uma reposição de bola, quando ele foi buscar outra, enquanto uma já havia sido lançada a campo pelo gandula. Se o guarda-redes alvinegro tivesse feito de propósito, ok, o amarelo seria justo. Mas o vídeo mostra claramente que Cássio não viu a bola jogada pelo apanha-bolas em nenhum momento antes de lançar a campo ele mesmo a outra que ele foi buscar.


Quando o "ball boy" (nem tão boy assim) joga a bola extra, Cássio está de costas para ele, virado para o centro do campo, discutindo com alguém (1s no vídeo). A bola para sobre a linha da pequena área e Cássio volta, de costas, apontando para a lateral direita dele (7s). Ele começa a virar a dois passos da bola, ainda olhando para a frente (8s). Passa pela bola, também sem olhar para baixo (9s). Vira rapidamente a cabeça para a linha de fundo e vai buscar a outra bola. (10s) Ele pega a bola do fundo, olhando para ela e voltado para o lado. E já inicia o movimento de lançá-la para o campo (15s). Só aí que ele deve ter visto a bola já dentro de campo (16s).

Homenagem ao bom doutor anticorintiano e torcedor do 5PFW (mais anticorintiano do que sampaulino) @Karl_MD - que considera o Cássio tão bom que deve ver até o que acontece às costas dele ou tem um sentido de aranha que localiza as bolas sem vê-las.

Upideite(09/fev/2015): @carloshotta Aventa a possibilidade de Cássio dever ter consciência de que o gandula iria repor a bola e deveria procurá-la antes de buscar outra. Em entrevista à ESPN, o apanhador diz: "quando não é tiro de meta nem nada a gente repõe pra ele [o juiz] possa fazer o jogo andar normal". E Fernando Prass ao programa Bate Bola 2a. edição da ESPN (de hoje) fala que o gandula no Allianz Parque repõe a bola com maior ou menor rapidez de acordo com o jogo (se o time da casa está vencendo, nem joga a bola no campo): coisa, aliás, que ocorre em qualquer lugar.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O anticorintianismo

O jornalista esportivo Flavio Gomes escreveu em seu perfil no twitter:
"Outra coisa gozada dos neocorintianos. Descobriram q torcedor de outro time torce contra. E criaram 'antis'. Sempre foi assim, antas."

Segundo Nelson Rodrigues, o Fla-Flu surgiu 40 minutos antes do nada. Já o anticorintianismo deve ter precedido em éons incontáveis.

A tese de que o anticorintianismo é apenas o fenômeno de torcedor de um time torcer contra qualquer outro time que não o seu é disseminada entre os não-corintianos, mas absolutamente falsa. Se assim fosse, o anticorintianismo seria proporcionalmente tão disseminado quanto o antissampaulinismo, o antipalmeirismo e o antissantismo entre as torcidas paulistas - e seria irrelevante em outras praças em que clubes de outros estados reinam. Não é isso o que ocorre segundo pesquisas. Para os 85% dos palmeirenses, o maior rival é o Timão; 73% dos sampaulino e 67% dos santistas têm a mesma opinião; para flamenguistas, vascaínos e fluminenses, o Corinthians é um rival maior do que o Botafogo.

No acervo da Folha, o termo "anticorintiano" aparece pela primeira vez em reportagem de 20/jun/1974 sobre um novo programa de TV de J. Antonio d'Avila.
"Entretanto, o detalhe explosivo de A Imaginação contra o Milhão, de acordo com d'Avila, é Quem Tem Medo do Corinthians?
'Pretendemos esgotar ao máximo todos os recursos jornalísticos sobre o tema. Apresentaremos corintianos históricos, desembargadores, industriais e poetas, desfazendo a imagem do torcedor criolão. Vasculharemos os arquivos do time alvinegro, mostrando as consequências de suas derrotas e vitórias. Pensamos, ainda, em utilizar flashes de rua, procurando descobrir porque alguém é corintiano ou anticorintiano.'"
(Nota, em 1974, o Timão amargava 19 anos de fila.)



No acervo do Estadão, o primeiro uso é de 20/jul/1982 (pág. 22):
"E segundo o advogado José Izar 'somente um anticorintiano que não reconhece a boa administração do Corinthians é que iria querer que a reunião não acontecesse, para o clube perder este negócio.'"



E é usado pelos próprios torcedores de times rivais (e nem tão rivais assim):
Folha, 28/jan/1979, Folhetim p. 15
"Tava demorando...
Antonio C. Alves Vaz (Osasco, SP) - Sou sampaulino e anticorintiano. Por isso, gostaria de receitar um veneno (a caipirinha corintiana) que eu mesmo fiz, para ser bebido só por corintianos. Aqui vai: ingredientes: verdão, Sócrates, conhaque (de preferência 'Palhinha'), um Jairo, Taborda e um Biro-Biro. Modo de fazer: pega-se um Jairo e enche-se até a taborda. Pega0se um verdão e soc(r)a-tes, soc(r)a-tes. Soc(r)a-se um pouco de Palhinha e depois, 'biro... biro... biro' (manda-se pro papo). Obs: cuidado para não se engasgar com o verdão
 R - Pronto! Já tava demorando! Depois de um bom tempo sem rusgas futebolísticas ('rusgas' é ótimo...) entre os leitores, aparece-me mais um engraçadinho querendo tocar fogo no circo. Obs: isso aqui não é o 'Diz, Torcida', não senhor: Comportem-se."

Folha, 03/fev/1980, 3o caderno p. 30
"Eu sou São Paulo - confessa o funcionário público - José Bernardes  - mas vou torcer novamente pelo Corinthians, pois no fundo todo anticorintiano é um mentiroso e invejoso."

Folha, 14/mai/2001
"Adelino Galla presidente do Comercial 'Vou torcer para o Botafogo na final do Paulista. Sou anticorintiano. Torço contra o Botafogo apenas quando o time joga contra o Comercial, pois a rivalidade não pode ser maior do que os interesses da cidade. Esse resultado é importante para Ribeirão.'"

Jornal do Brasil, 10/jun/2011
"O fato é que já passei por isso antes, mas desta vez me precavi, associei a data a coisas inesquecíveis e relevantes: 1993 o Palmeiras goleia o Corinthians por 4x0 e leva o Paulistão depois de 17 anos na fila (não sou palmeirense, mas sou anticorintiano)[...]"

UOL, 27/jun/2012
"'Eu sou anticorintiano. Não tem jeito', disse um morador de Curitiba."

Folha Online, 17/dez/2012
"Fabio Bolsanelli, 34, gosta de futebol, mas não torce para nenhum time. 'Sou anticorintiano mesmo', falou."

Não é, portanto, uma invenção corintiana (muito menos dos jovens corintianos) - o anticorintianismo existe mesmo e é como anticorintiano que os secadores do time alvinegro do Parque São Jorge se identificam - chegam a torcer a favor dos maiores rivais locais de seus times para derrotar o Timão. O 'anti' é apenas uma redução de 'anticoritiano', do mesmo modo que 'cine' ou 'cinema' é redução de 'cinematógrafo'. A novidade é apenas esse apelido depreciativo ou 'carinhoso' - oras, se os anticorintianos desprezam o Timão, os corintianos têm todo o direito de menosprezarem o anticorintianismo. Grande parte da graça do futebol é o de tirar sarro dos torcedores adversários.

domingo, 16 de dezembro de 2012

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Invasão corintiana? Sim, senhor.

Sim, o público total no estádio de Toyota para a partida entre Al-Ahly do Egito e o Corinthians teve um público menor do que para as partidas entre Internacional-RS e o mesmo Al-Ahly em 2006 e entre o 5PFW e o Al Ittihad do Catar em 2005.

Os anti concluem, com isso, que o número de corintianos foi menor. Alto lá. Os públicos respectivos de 31.417; 33.690 e 31.510 pessoas são o *total* de pagantes. Vejamos este vídeo da partida do Inter:
Não é todo mundo que comemora gol do Inter (por volta dos 24s e 2min53s do vídeo). O mesmo se dá no jogo do 5PFW.

Algo bem diferente ocorre na partida do Timão, praticamente todo o público é alvinegro.
E aqui um álbum de fotografias do estádio feito pela Gaviões dando um panorama geral da distribuição dos torcedores.

Aqui os depoimentos de André Plihal (são-paulino) e Paulo Vinícius Coelho (palmeirense) na ESPN (que muitos corintianos reputam como canal anticorintiano). (Via @yuledoblog.)

Uma coisa que a diretoria corintiana poderia fazer é pedir que os fiéis torcedores enviem os registros fotográficos e audiovisuais pessoais feitos no estádio para montar digitalmente um mosaico que permita dimensionar a grandeza da invasão corintiana em terras antípodas. (As diretorias dos outros clubes também poderiam fazer o mesmo sobre seus jogos.)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vai, Corinthians! Foi.

E o Timão conquistou o *quarto* título mais importante de sua história (pela ordem: Mundial de Clubes Fifa 2000, o título Paulista da libertação 1977, o Brasileiro Série Brasil 2008). Dos poucos que faltavam, o único com alguma importância maior.


Campanha invicta, passando por três campeões (Vasco, Santos e o grande Boca Juniors). Incontestável.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Santos FC is the new SPFW

Quem tem o costume de menosprezar o adversário é o SPFW: quando perde nunca é a superioridade do adversário, é algum fator externo que impediu o desempenho naturalmente impecável de seu elenco.

O presidente do Santos começa a mesma chiadeira vergonhosa. E ainda embarcando na onda do "apito amigo" - no caso, não exatamente da ajuda por meio de favorecimento pela arbitragem, mas pela manobra da CBF: agora, ao não convocar jogadores corintianos para a série de amistosos da seleção brasileira.

"Não faço nenhuma acusação formal, mas o Corinthians foi campeão brasileiro, tem a melhor defesa do Brasil, é semifinalista da Libertadores, tem meio-campistas como Ralf e Paulinho que são fora de série, um zagueiro firme como Castán, um cara que desequilibra com o Sheik, e não houve nenhum convocado do Corinthians." - diz LAOR.

Parece um elogio. Mas não é. Se o Timão tem tantos talentos que deveriam ser convocados para a seleção, então não tem talento suficiente para ter vencido do Santos independentemente da convocação? Não na cabeça do LAOR. O que a frase implica é que o time do Corinthians é limitado e só ganha do Santos com ajuda externa. Vamos agora aos detalhes: a seleção convocada foi *olímpica*. Há uma limitação de idade dos jogadores imposta pela Fifa (para não competir com a Copa): 23 anos. Ralf tem 28 anos; Paulinho tem 23, mas completa 24 em julho; Castán, 25 e Sheik, 33 anos.

É amplamente consensual que o elenco corintiano não tem nenhuma estrela e que a força está no conjunto, com aplicação tática, bom condicionamento físico e sob um comando competente. O que Paulo Vinícius Coelho resumiu no título de sua análise: "A vitória da melhor equipe, e de seu goleiro, sobre o time dos craques".

Há poucos meses, quando o Timão foi eliminado no Paulista pela Ponte Preta, o discurso do LAOR era todo outro, ao reclamar de não televisionarem o jogo do Santos em detrimento da partida do Mosqueteiro: "Tinham que escolher entre o Santos e o time da Zona Leste. Optaram por deixar o Corinthians para semana que vem. Quebraram a cara. Santos é o time que desperta a atenção de todas as torcidas . Eles sempre dão uma zapeada para assistir ao jogo do Santos." Reparem que o que agora é o campeão brasileiro recheado de jogadores de nível de seleção era só o time da Zona Leste.

Vai chorar na cama, que é mais quente, LAOR!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O corintianismo

Cada clube de futebol, claro, tem sua história que o aproxima e o diferencia dos demais. Pode-se comparar tamanhos de torcida, número de conquistas, o patrimônio, os jogadores que vestiram suas camisas, as cotas de patrocínio... mas isso não é o Corinthians, Corinthians é outra coisa.

O Corinthians se destaca em todos os quesitos acima, mas não é isso que o torna verdadeiramente especial. Temos uma grande torcida, mas a do Mengo ainda é a maior; temos 26 títulos Paulistas, 4 Brasileiros, 1 Mundial, mas há outros com um currículo maior; temos a Fazendinha, um estádio acanhado para o tamanho do Timão (e mesmo o novo prometido - e em início de obras e com a vergonhosa cessão de dinheiro público na forma de isenção de impostos - não será o mais reluzente do mundo); tivemos Sócrates, Ronaldo, Rivelino, Garrincha (baleado) mas nunca tivemos Pelé, Zidane, Zico... Verdade que nossa cota de patrocínio é a maior do país, mas não se compara nem de longe com os dos grandes clubes europeus.

Temos momentos únicos em nossa história: a invasão do Maraca em 1976, o gol da libertação de Baltazar no ano seguinte, a Democracia Corintiana (que se inscreveu não apenas na história particular da agremiação, mas no momento histórico do país - que sairia logo depois da malditadura). Sem falar em sua fundação que ganha ares míticos dos operários humildes que resolvem sob a luz do lampião fundar o clube.

É, no entanto, na relação orgânica com a torcida que o Corinthians se faz único. Há torcedores fanáticos em todo canto de grandes clubes. É possível que outras massas façam loucuras maiores pelo time do que o Bando de Loucos. No entanto, em nenhum outro há uma máxima como: "O Corinthians é o time do povo e é o povo quem vai fazer o time" (linda frase de seu primeiro presidente, Miguel Bataglia) ou refraseada como: "Todo time tem uma torcida, o Corinthians é a única torcida que tem um time".

Essa relação se traduz em uma palavra: corintianismo. Veja bem, não existem são-paulismo, palmeirismo, santismo, barcelonismo, manchesterismo (ou unitedismo), realismo (como referente ao Real ou madrilismo). O mais perto que chega do corintianismo é o flamenguismo - mas mesmo assim é de beeeem longe. O corintianismo não é o fanatismo pelo Corinthians. E é mais do que apenas amor pelo clube. É, antes, uma total identificação. Não com o time, não com o clube, mas com a própria ideia de Corinthians. O corintianismo já foi definido como uma filosofia e uma história compartilhada de sofrimento ("corintiano maloqueiro e sofredor, graças a deus"). E devemos completar: redenção.

Já compararam o corintianismo à religião. Curiosamente, dentro do cristianismo, houve (e há) um fenômeno denominado igualmente corintianismo: referindo-se aos coríntios (a quem, em suas epístolas, dirige-se, ah, ironia, São Paulo) - uma visão hipersupernaturalista (na qual curas miraculosas e outros milagres eram vistos como fins em si mesmos). Mas corintianismo como religião não capta toda a verdade e sutileza da coisa. É uma matriz de pensamento, sentimentos, atitudes e conhecimentos que unem cada corintiano a outro corintiano. Os outros times não têm um -ismo como o corintianismo pela ausência dessa matriz: um torcedor não está diretamente conectado a outro torcedor, antes eles se ligam por meio do clube - em uma formação de conexão em hub, não em matriz (as referências são do próprio clube e não da história comum entre os torcedores: tire o clube e não restará nada de partilhado). No corintianismo, embora o clube seja essencial, não é ele mesmo quem faz essa conexão de paixão em comum (embora haja também essa via). A torcida corintiana tem uma história em comum por ela mesma, uma história que inclui a do clube, mas que vai além.

O sofrer do corintiano é um regozijo não pelo próprio sofrimento - não se trata de uma tara masoquista - mas sim pela certeza reconfortante de que haverá superação. Aí está o ingrediente da tal 'raça corintiana', a persistência na lida mesmo quando tudo o mais conspira contra, o lutar contra todas as adversidades e vencer o adversário mais rico, com mais recursos, o favorito. Essa é a identificação com as camadas mais populares (mesmo em se tratando de torcedores em condições socioeconômicas superiores). Não é o toque refinado, a cadência elegante das academias e das máquinas, é a vitória do não-desistir ("aqui é curíntia, mano"), é o rocky balboa, é a glorificação da perseverança. Os jogos do Corinthians são uma alegoria da própria vida do torcedor corintiano. E mais uma coincidência: essa entrega desinteressada, com o intuito de não mais do que vencer pelos próprios méritos a despeito das limitações casa-se com a noção de corintianismo que vem do olimpismo - aqui o corintianismo é o ideal do esporte amador, o coríntio como o atleta que compete por amor, sem se aviltar por pagamentos.

Assim o que faz do Sport Club Corinthians Paulista o Corinthians não é a Fiel, nem o próprio Corinthians, mas a simbiose absoluta, completa e indissolúvel entre ambos: o corintianismo. E corintianismo, mermão, nenhum outro clube tem.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fenômeno: Obrigado

Valeu, Ronaldo! Palavras não farão jus a tudo o que fez de bem pro futebol, pro Corinthians, pro país, para as pessoas.

There is only one Ronaldo

(Só de passagem, a história do hipotiroidismo está aí desde pelo menos 2007: Folha, Jornal da Tarde, Estadão, O Globo, SporTV, todo mundo sabia...)

domingo, 5 de setembro de 2010

Corintianismo de A a Z

Luís Inácio Lula da Silva (político, ex-presidente da República)**.
Fernando Henrique Cardoso (político, ex-presidente da República).

Abram Szajman (empresário).
Abrão Kasinsky (empresário falecido). 13
Adoniran Barbosa (musicista).
Aílton Graça (ator).
Alberto Goldman (político, governador de São Paulo).
Alec Duarte (jornalista).
Alemão (Douglas Capalbo) (musicista).
Alessandra Negrini (atriz). 28
Alex Garcia (jogador de basquete). 25
Alexandre de Moraes (ministro do STF). 38
Álvaro Dias (político).
Amácio Mazzaropi (cineasta falecido).
Amilcar Christófaro (musicista). 11
Ana Castela (cantora). 44
Anderson Silva (lutador de MMA).
André Henning (jornalista). 18
André Kfouri (jornalista).
Andrea Pasquini (cineasta).
Ângela Bismarchi (ex-modelo, socialite)***.
Antônio Ermírio de Moraes (empresário).
Antônio Fagundes (ator).
Ary Toledo (humorista).
Astrid Fontenelle (apresentadora de TV).
Ayrton Senna (automobilista falecido).
Benjamin Back (jornalista).
Bia Figueiredo (automobilista).
Bob Burnquist (esqueitista).
Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho) (publicitário).
Bruno Belutti (cantor) 28
Bruno Senna (automobilista). ********
Cacá Rosset (ator e diretor teatral).
Caco Grandino (musicista).
Caio Blat (ator).
Carlos Brickmann (jornalista).
Carlos Lombardi (teledramaturgista).
Carol Macedo (atriz).9
Cássio Reis (modelo).
Celso Unzelte (jornalista).
Celso Viáfora (compositor).
Charles Gavin (musicista).
Chico Lang (jornalista).
Cida Marques (modelo).
Claudio Tozzi (pintor).
Claudia Raia (atriz). 29
Criolo (Kleber Cavalcante Gomes) (cantor).*******
Daiane dos Santos (ginasta).
Dan Stulbach (ator).
Daniel Dias (nadador paralímpico).43
Daniel Piza (jornalista falecido). 11
Danilo Gentili (humorista). 10
Débora Nascimento (atriz). 14
Denis Russo Burgierman (jornalista).
Derico Sciotti (musicista).
Diego Barros da Silva (cantor). 15
Diogo Mainardi (escritor).
Domingos Montagner (ator). 12
Dudu Braga (produtor musical).
Edu Falaschi (musicista, produtor musical). 11
Edu Guedes (apresentador de TV).
Elis Regina (cantora falecida).
Elliot Reis (musicista).
Emerson Fittipaldi (ex-automobilista).
Fábio Assunção (ator).
Fafá de Belém (cantora).
Fernando Estéfano Badauí (cantor e compositor).
Filipinho (Filipe Toledo) (surfista). 27
Francisco Cuberos Neto (ator falecido).
Francisco Milani (humorista falecido).
Francisco Petit (publicitário). 20
Gabriel Medina (surfista).  24
Gabriela Duarte (atriz).
Gee Rocha (musicista).
Geraldo Blota (radialista, político falecido).
Gerson Brenner (ator).
Haroldo George Gepp (cartunista).
Heraldo Pereira (jornalista).40
Hermano Hennig (jornalista).
Heródoto Barbeiro (jornalista).
Hortência Marcari (ex-jogadora de basquete).
Jaime Oncins (ex-tenista).
Janeth dos Santos Arcaín (ex-jogadora de basquete).
Jânio Quadros (político, ex-presidente da República falecido).
Japinha (Ricardo di Roberto) (musicista).
João Carlos Saad (jornalista, empresário, presidente do Grupo Bandeirantes).******
João Jorge Saad (jornalista, empresário, fundador do Grupo Bandeirantes, falecido).******
José Genoíno (político).
José Luiz Datena (jornalista).
Joseph Safra (banqueiro falecido). 42
Juca Kfouri (jornalista).
Juliana Veiga (apresentadora.) 32
Júnior Cigano dos Santos (lutador de MMA). 17
Kamau (Marcus Vinicius Silva) (cantor).
Klara Castanho (atriz). 28
Larry Taylor (jogador de basquete). 25
Leandrinho Barbosa (jogador de basquete). 26
Leandro Scornavacca (musicista).
Leticia Bufoni (skatista). 34
Livia Andrade (modelo). 14
Lourenço Diaféria (jornalista falecido).
Luan Santana (cantor).
Luciano Camargo (cantor).
Luciano Huck (apresentador de TV).
Luiza Possi (cantora).
Maguila (Adílson Rodrigues) (ex-boxeador).
Manoel Carlos (teledramaturgista).
Marcelo Duarte (jornalista).
Marcelo Huertas (jogador de basquete). 25
Marcelo Médici (ator).
Marcelo Rossi (padre).
Marcelo Rubens Paiva (escritor).
Márcia Imperator (atriz pornográfica).
Marcos Mion (apresentador).
Maria Rita (cantora).
Marília Gabriela (jornalista, atriz).
Mario Prata (escritor)*.
Marta Vieira da Silva (futebolista)39.
Maurício Lima (ex-jogador de vôlei).
Maurício Pereira (musicista).
Max Gehringer (administrador de empresas)
Mineirinho (Adriano de Souza) (surfista). 27
Narjara Turetta (atriz)****.
Negra Li (cantora, atriz).
Nelson Rubens (apresentador).
Netinho de Paula (cantor, político).
Osmar Dias (político).
Paola Oliveira (atriz).
Paulinho Nogueira (musicista falecido).
Paulo Evaristo Arns (arcebispo emérito de São Paulo).
Paulo Maluf (político).
Paulo Orlando (jogador de beisebol). 31
Pedro Lanza (musicista.)*****
Pelé (futebolista). 39
Péricles de Faria (cantor).
Poliana Okimoto (nadadora).
Raphael Mattos (musicista). 11
Rappin Hood (cantor).
Raul Gil (apresentador de TV).
Rayssa Leal (skatista). 41
Rebeca Andrade (ginasta). 45
Reinaldo Azevedo (jornalista).
Renata Maranhão (jornalista).
Ricardo Confessori (musicista). 11
Rita Guedes (atriz).
Rita Lee (musicista).
Rodrigo Capella (Pascoal Angelino) (humorista).
Rodrigo Vianna (jornalista).
Romeu Tuma (político, senador da República falecido)**.
Romeu Tuma Jr. (político).
Ronald Golias (humorista falecido).
Rubens Barrichello (automobilista).
Sabrina Sato (humorista).
Serginho Groisman (apresentador de TV).
Serginho Escadinha (jogador de vôlei).
Silvio Santos (empresário, apresentador de TV).
Sonia Abrão (apresentadora deu TV). 38
Sophia Abrahão (cantora, atriz). 33
Sula Miranda (cantora).
Thaila Ayala (atriz).
Thiago Bianchi (musicista). 11
Thiago Mateus (cantor).
Thiaguinho André Barbosa (cantor).
Tiago Splitter (jogador de basquete). 25
Tom Zé (musicista).
Toquinho (musicista).
Wagner Rossi (político, ex-ministro da Agricultura). 22
Washington Olivetto (publicitário).
Xis (Marcelo dos Santos) (cantor).
Zé Dirceu (político).

Cascão (personagem de quadrinhos).
Homer Simpson (personagem de animação). 23
Louro José (boneco de manipulação).
Xaropinho (boneco de manipulação). 32

Alan Parker (cineasta britânico).
Billy Paul (cantor americano, falecido). 37.
Daniel Cohn-Bendit (político alemão).
Drew Chadwick (musicista americano). 19
Edgar Vivar (ator mexicano). 16
Erick Jacquin (chef de cozinha francês). 36
Francisco Chamorro (ciclista argentino).********
Hugh Jackman (ator australiano).
Joe Jonas (musicista americano).
Keaton Stromberg (musicista americano). 19
Kevin Jonas (musicista americano).
Nick Jonas (musicista americano).
Paul di'Anno (musicista britânico).
Reinaldo Zavarce Peche (ator e cantor venezuelano).
Rob Cavallini (dirigente britânico do Corinthian Football Club)
Skrillex (Sonny John Moore) (musicista americano). 35
Steve Nash (jogador de basquete canadense).
Steve St. Angelo (executivo americano, CEO Toyota América Latina/Caribe) 30
Suely Afonso (modelo angolana). 21

Abudefduf sexatilis (Perciformes: Pomacentridae)
Hedypathes betulinus (Coleoptera: Cerambycidae)
Moenkhausia intermedia (Characiformes: Characidae)

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Upideite(07/set/2010): Sim, ainda falta o Z (e I, K, Q, U, V e Y).
*Upideite(16/jan/2011): adido a esta data.
**Upideite(16/jan/2011): alterado a esta data.
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Salve o Corinthians!


A letra do primeiro hino do Todo Poderoso:
"Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar.
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.
Corinthians… Corinthians…
A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso."
(Letra: Eduardo Dohmen; música: La Rosa Sobrinho)

A Nike e o Timão criaram também a campanha da República Popular do Corinthians.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

100 anos: A cruz e a espada

É maldade o que andam dizendo por aí, que a nova terceira camisa do Timão com uma cruz roxa representa a fé do torcedor corintiano na conquista da Libertadores e se chama: cruz credo.

Sim, a camisa é horrível...

Alessandro com o novo terceiro uniforme do Corinthians. Foto: G1.com

E não é nem um pouco original. A camisa do centenário da Internazionale (também da Nike) seguia o mesmo estilo, mas com uma melhor combinação de cores.

Camiseta comemorativa do centenário da Internazionale de Milão em 2008, homenagem à Ambrosiana. Explicações aqui.

O Boca Juniors, que nem centenário comemora este ano, já tem 105 anos, também tem uma camiseta Nike com cruz (escandinava, para homenagear a Suécia).

Camisa do Boca Juniors, homenagem à Suécia. Explicações aqui.

A cruz na camisa do terceiro (e horrível) uniforme mosqueteiro é a Cruz de São Jorge (o santo padroeiro do time do parque homônimo), a mesma que está presente na bandeira da Inglaterra, terra do Corinthian Casual, time que inspirou o batismo do Sport Club Corinthians Paulista.

Bandeira inglesa. Não confundir com a bandeira do Reino Unido, a Union Jack, composta pelas bandeiras da Inglaterra (Cruz de São Jorge), Escócia (Cruz de Santo André) e Irlanda (Cruz de São Patrício).

Não sei dos detalhes do contrato entre o Timão e a Nike, mas bem que a diretoria poderia ter pedido um design mais original (e bonito). A grandeza da nação corintiana (sim, Inter e Boca são também clubes gigantes na tradição, nas conquistas e na torcida) merecia um pouco mais de esforço criativo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

R-2010

Capa do Jornal Placar de 27/nov/2008.

No jogo de quarta, 26/jan/2010, no Pacaembu.

Placar: Corinthians 14 x 0 Placar. No jogo, Timão 1 x 1 Mirassol.

Obs: A Placar removeu de seu site todo o material referente ao episódio.

domingo, 8 de novembro de 2009

Não há Santo (André) que aguente

Capa do Jornal Placar de 27/nov/2008.

No jogo de domingo, 08/nov/2009, no Pacaembu.

Placar: Corinthians 13 x 0 Placar. No jogo, Mosqueteiros 2 x 0 Santo André.

Obs: A Placar removeu de seu site todo o material referente ao episódio.

domingo, 1 de novembro de 2009

Dupla dose (agora com o alambrado em pé)

Capa do Jornal Placar de 27/nov/2008.

No jogo de domingo, 01/nov/2009, em Presidente Prudente.

Placar: Corinthians 12 x 0 Placar. No jogo, Palmeiras 2 x 2 Corinthians.

Obs: A Placar removeu de seu site todo o material referente ao episódio.

domingo, 11 de outubro de 2009

Vitória afinal...

Capa do Jornal Placar de 27/nov/2008.

No jogo de sábado, 10/set/2009, no Pacaembu. (Ele acabou com o jogo.)

Placar: Corinthians 13 x 0 Placar. No jogo, Timão 2 x 1 Grêmio.

Obs: A Placar removeu de seu site todo o material referente ao episódio.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ele voltou...

Capa do Jornal Placar de 27/nov/2008.

No jogo de domingo, 27/set/2009, no Morumbi.



Placar: Corinthians 12 x 0 Placar. No jogo, SPFC 1 x 1 Coringão.

Obs: A Placar removeu de seu site todo o material referente ao episódio.