sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Eleições 2014: Pesquisas eleitorais

Fig. 1. Evolução das intenções de votos aos candidatos à presidência da república nas eleições de 2014. Fontes: Datafolha, Ibope, Vox Populi, CNT/MDA.

A Fig. 1 apresenta o pool de dados das pesquisas eleitorais sobre as intenções de votos dos brasileiros para a presidência. Ressalte-se que há diferenças nas metodologias - antes das definições oficiais das candidaturas o total de opções apresentadas na pesquisa estimulada variou - em muitos casos, apenas três candidatos eram apresentados.

A primeira pesquisa incluída teve início em 11/out/2013; a mais recente, em 23/set/2014. Os dados estão compilados aqui.

Na Fig. 2 os mesmos dados, mas a partir de 14/ago/2014.

Fig. 2. Evolução das intenções de votos aos candidatos à presidência da república. Fontes: Datafolha, Vox Populi, Ibope, CNT/MDA.

Neste momento, a tendência de queda das intenções de votos à Marina Silva é bem nítida. Se há ou não um aumento nas intenções de votos a Aécio Neves é um pouco mais nebuloso.

Upideite(17/out/2014): Ao fim, a tendência de aumento de Aécio Neves, que parecia mais nebulosa com os dados até 23/set/2014, se confirmou e houve até uma intensificação na reta final. Seguindo para o segundo turno e com uma diferença de apenas 5% em relação à Dilma Rousseff.

domingo, 14 de setembro de 2014

Criacionismo. Nas escolas públicas, não!

O Brasil, sempre atrasado, agora está meio que tendo que enfrentar a briga do Design Inteligente contra o bom senso. Nos EUA, desde 2005, com o julgamento Kitzmiller v. Distrito Escolar da Área de Dover, está bem claro para o sistema legal que a Teoria do Design Inteligente (TDI) é só uma forma de criacionismo e este, desde 1982, no julgamento McLean v. Conselho da Educação de Arkansas, é considerado uma forma de religião, não tendo nada a ver com ciências.
Os adeptos do criacionismo estão organizados no Brasil já há um bom tempo. Inclusive do TDI. Mas agora, com o crescimento da bancada evangélica, com o sucesso de várias investidas arcaizantes dessa bancada: impedimento da oferta pelo SUS de assistência ao abortamento nos casos que são previstos em lei; retrocesso da agenda de cultura da tolerância e respeito à diversidade sexual (incluindo de orientação sexual) nas escolas; proscrição de campanhas de combate à aids/HIV voltados para o público LGBTT/queer e para prostitutas... estão botando as asinhas de fora e querem que a pseudociência religiosa do criacionismo (sob a alcunha de TDI) seja enfiada nas escolas e universidades públicas nas aulas de ciências. É a proposta que irão defender em seu segundo primeiro congresso de TDI (houve um primeiro primeiro congresso em 2010).
No Rio de Janeiro, em 2004, sob a batuta da governadora evangélica presbiteriana Rosinha Garotinho, o ensino do criacionismo invadiu as escolas públicas pela porta de trás: em meio a aulas de religião.
Não podemos ceder à essa agenda obscurantista. Que eles acreditem, é direito deles. Que ensinem aos filhos deles em escolas confessionais particulares é direito deles. Que queiram impor a visão religiosa deles a todos os demais brasileiros é um abuso que não se pode tolerar.
Duvido que eles gostassem de que os filhos deles fossem obrigatoriamente expostos às lendas de religiões de matrizes africanas.
Pra manter o respeito a todas as formas de crenças é que o Estado tem que ser religiosamente neutro, tem que ser laico. Não pode, assim, permitir a mistura de religião com ciência nas escolas públicas.