Para cantar como "A banda" de Chico Buarque:
A ditabranda
Estava fulo da vida
O jornal Folha falou
Era a ditabranda a passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Reencontrou-se co'a dor
Vendo a ditadura passar
Com seu porrete e terror
O homem sério que contava dinheiro urrou
O faroleiro que contava vantagem gritou
A namorada que contava estrelas chorou
Ao ler e reler a mensagem
A moça alegre que vivia cantando sentiu
A rosa alegre que vivia aberta sumiu
E a meninada toda se indignou
Contra a ditabranda a protestar
Lembrando as coisas de horror
Estava fulo da vida
O jornal Folha falhou
Que era a ditabranda a passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Reencontrou-se co'a dor
Vendo a ditabranda passar
Com seu porrete e terror
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair do terraço e falou
Quão feia bobagem aquela
Da ditadura ser de meia-tigela
O vozerio grave pela Barão de Limeira subiu
A bandeira que vivia escondida surgiu
E a internet inteira se levantou
Contra ditabranda a protestar
Lembrando as coisas de horror
E para o meu encanto
O que era galhofa acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a ditabranda passou
E cada qual de seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da ditabranda passar
Com seu porrete e terror
Depois da ditabranda passar
Lembrando as coisas de horror
Depois da ditabranda passar
"Nada disso, ó seu editor"
quinta-feira, 12 de março de 2009
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