quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Mezzo mezzo 2: É matemática pura

Como disse na postagem abaixo, não sou contra a limitação da meia-entrada - defendo até mesmo sua extinção para estudantes (sim, poderiam ser criadas carteirinhas especiais para estudantes de baixa renda).

Mas é de lascar os argumentos usados pelos defensores de cotas para meias-entradas. Segundo a Gabriela Duarte, hoje ninguém mais paga inteira. Segundo os atores e produtores de cinema, os preços dos ingressos irão cair 40%.

Vamos supor que hoje 100% dos ingressos sejam meia-entrada (o que é certamente um exagero). Vamos supor que haja a alegada queda de 40% no preço final dos ingressos. E vamos supor que os 60% de vagas de inteiras sejam preenchidas. Isso é o princípio da misericórdia na argumentação: aceitam-se todas as premissas dadas como verdadeiras.

Hoje a arrecadação média seria de: 1* 0% + 0,5*100% = 0,5.
(Preço da inteira, fração dos que pagam inteira; preço da meia, fração dos que pagam meia; preço médio final.)

Com a lei aprovada:
0,6*60% + 0,3*40% = 0,36 + 0,12 = 0,48.

Há uma *queda* relativa de 0,02/0,5 = 4% na arrecadação por sessão por espectador.

Podem alegar que, com a queda nos preços, haverá um aumento no total de espectadores, compensando a diminuição na arrecadação por sessão por espectador. Seria uma alegação justificável. Mas tem um porém, isso significa que basta baixar o preço dos ingressos para aumentar o público, isso independentemente de cotas.

Como diz Wagner Moura, é pura matemática.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mezzo mezzo

Os artistas fizeram lobby para a aprovação no Senado de lei que modifica a venda de meia-entrada para estudantes. O projeto de lei (n. 188/2007) de autoria do Senador Eduardo Azeredo (PSDB) estabelece o limite para a concessão de meias-entradas em 40%.

Segundo o argumento dos artistas, a meia-entrada acaba encarecendo os ingressos, diminuindo a participação do público e a remuneração dos artistas. Dizem que, com as cotas, o preço dos ingressos irão diminuir em 30 a 40%.

Duvido muito que haja diminuição no preço dos ingressos dos espetáculos. Mas acho a demanda justa.

Eu, porém, vou além. Defendo o fim completo da meia-entrada para estudantes. E, em mais um passo, defendo que filmes, espetáculos e quetais produzidos com verbas oriundas de leis de incentivo à cultura com renúncia fiscal, tenham descontos *universais* no preço dos ingressos ou dos exemplares proporcionais ao montante representado por tais verbas: por exemplo, se um filme foi 100% financiado através da Lei Rouanet, os ingressos desses filmes devem ter um desconto de 80% valendo para *todo mundo*. (Afinal, a renúncia fiscal encarece o imposto de todo mundo, como disse muito apropriadamente o ator Wagner Moura sobre a influência das meias-entradas no preço final: é matemática pura...)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Santo processo, Batman!

Autoridades de uma localidade da Turquia que se chama Batman querem processar os responsáveis pelos filmes do herói Batman da DC Comics.

Se a moda pega:
Ajax, Ontário, Canadá
Bane, Nigéria
DC (District of Columbia), EUA
Flash, Staffordshire, RU
Joker, Texas, EUA
Marvel, Colorado, EUA
Penguin, Tasmânia, Austrália
Phoenix, Arizona, EUA
Taz, Casaquistão
Thor, Iowa, EUA
Wolverine, Michigan, EUA