Que se discutam a metodologia e os aspectos técnicos é saudável, que se descambe para acusações de fraude é, como direi, bem, não direi.
E essa briga por nada. Há diferenças? Sim. Ocorre que essas diferenças são esperadas. Os responsáveis pelos institutos de pesquisa não devem ignorar isso - eles têm todo o conhecimento técnico. Abaixo mostro um gráfico em que ploto os resultados das pesquisas desde o fim do ano passado. Propositadamente não liguei os pontos - nem mesmo dos que se referem ao mesmo instituto.
Deve-se ter em mente sempre as diferenças metodológicas entre os insitutos e, sobretudo, que, esses números, trata-se de valores de amostras. São indicativos do valor supostamente verdadeiro da população total, mas não são valores exatos - daí as tais margens de erro. E mesmo a interpretação da margem de erro não é para ser feita a ferro e a fogo - assumindo, por simplificidade, que esteja correto o intervalo de 95%, há 5% de casos em que os números da amostra diferirão para além da margem de erro em relação ao valor "real" da população.
(A questão é mais complexa ainda, pois se trata de pesquisas de opinião. As pessoas podem mudar de idéia de um dia para outro, de uma hora para outra, ou mesmo mentir sobre o que pensam. Ou estarem confusas. É quase surpreendente que os dados sejam tão próximos.)
Essa guerrinha tola entre partidos e institutos apenas mina a credibilidade de todo o sistema de pesquisas de opinião perante ao público que se deseja informar. E sem motivo nenhum. Ao contrário do que afirmam, não há discrepância entre os dados.
(Hoje sai o resultado da pesquisa Ibope. Alguns já adiantaram números. Os adicionarei depois que saírem os números oficiais.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário