A respeito de um episódio de assédio ocorrido há mais ou menos um ano lá na gringolândia, cujas consequências se deram agora, com a revelação do nome do assediador (para detalhes veja postagem de Carlos Hotta, no Brontossauros em Meu Jardim), o filósofo australiano John S. Wilkins pergunta-se que tipo de regra social deve ser estabelecida para minimizar o cruzamento de fronteiras entre um flerte aceitável e o assédio detestável.
A variação, mesmo entre as mulheres, de percepções e opiniões a respeito do tema - já tratei aqui algumas vezes, como no caso da campanha contra as cantadas de rua - é grande o bastante para tornar a possibilidade de qualquer regra universal ou amplamente aceita, se não remota, potencialmente muito difícil.
Considerando-se, no entanto, a disseminação de tecnologias móveis de comunicação, pode haver uma possível solução parcial.
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É um tipo de app que já existe, mas neste mundo WEIRDs (Western Educated Industrialized Rich and Democratic societies - e adjacências como o Brasil: não exatamente educado, não tão rico) cada vez mais complexo, cheio de nuanças e sensibilidades distintas a serem respeitadas, é algo que deveria ser cada vez mais adotado - sobretudo em encontros sociais: um auxiliar pessoal de flerte.
As pessoas se cadastram no serviço, fornecendo dados como gostos pessoais, tipos de pessoas que acham atraentes e tipos de abordagens permitidas. Estando em um dado local, a pessoa pode consultar a lista de pessoas presentes e marcar as que achar interessantes. Se houver coincidência mútua nas marcações, ambos são avisados. (O sistema de crush do quase finado orkut funcionava, nesse aspecto, de modo similar.)
É meio idiota, mas pode ser melhor do que ferir sensibilidades e ser exposto por abordagem inadequada - evitando processos e prejuízos no emprego.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
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2 comentários:
Mais prático seriam aquelas pulserinhas de gel que rolaram um tempo atrás. A permissão para o nível de cantada seria proporcional à cor. Quanto mais quente mais atrevida poderia ser a cantada.
André,
Mas a pulseira não diz quem pode cantar.
[]s,
Roberto Takata
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